A tragédia no Rio Grande do Sul, que atingiu também algumas cidades de Santa Catarina como Ipira e Capinzal, chama a atenção para a importância do papel da Assistência Social, que é responsável por toda organização dos abrigos enquanto as águas não baixam, e também de auxiliar as famílias no retorno para as casas, além de fazer o acompanhamento social para que todos retomem suas vidas.
Segundo a secretária de Estado da Assistência Social, Mulher e Família, Maria Helena Zimmermann, são os técnicos da Assistência Social que fazem o acolhimento das famílias nos abrigos, cadastramento, organização dos espaços e da alimentação e muitas outras tarefas. “Sempre falamos que a Assistência Social é a última a finalizar o trabalho. Ela acolhe a família, gerencia os alimentos, identifica quem precisa de remédios, gerencia conflitos nesses espaços respeitando a cultura e individualidade de cada família”, explica.
Ela cita que a medida que o trabalho de outros órgãos vai sendo encerrado, como Bombeiros e Defesa Civil, a atuação da Assistência Social está apenas começando. “Para nós é nesse momento que começa a etapa de trabalho mais difícil da Assistência para recuperar a autonomia e dignidade dessas famílias”, ressaltou.
Em tragédias como enchentes, como muitos cidadãos perderam o emprego, a renda, bens materiais ou até mesmo familiares, precisam reconstruir seus projetos de vida e nesse momento é essencial o trabalho social que fará um acompanhamento por tempo indeterminado e elaboração de um plano de ação para que essas pessoas possam se reorganizar. “Então trabalhamos para garantir o acesso delas a todas as políticas públicas, seja benefícios, acompanhamento de saúde e tantas outras”, completa a secretária da SAS.
Guia de acesso rápido da atuação socioassistencial
Para que os municípios estejam preparados para situações como essas, a Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família (SAS), disponibiliza o Guia de acesso rápido da atuação socioassistencial em situações de emergência e calamidade. O intuito é capacitar os profissionais dos municípios sobre como agir quando esses casos acontecem, como utilizar os recursos e outras informações importantes.
O material, que pode ser baixado no site da SAS, traz informações que auxiliam até mesmo as Defesas Civis municipais, já que ambas as secretarias trabalham de forma interligada em emergências e calamidades. A ideia é contribuir para o apoio realizado pelas equipes junto à população atingida por essas situações orientando sobre decretos, abertura do gabinete de crise, entre outras informações.
Outra orientação importante do Guia de acesso rápido é sobre a abertura e gestão dos abrigos provisórios e ainda a utilização dos cofinanciamentos federal e estadual diante dessas situações. O material também traz de forma rápida, contatos úteis da SAS e links que as equipes utilizam para preenchimento de cadastros de famílias afetadas.
Fonte: Secretaria de Assistência Social, Mulher e Família
