A gamificação refere-se à utilização de elementos de videogames em contextos que não envolvem esse tipo de jogo. O objetivo é transformar certas atividades em mais prazerosas. Dessa forma, podemos dizer que a gamificação serve como ferramenta de motivação.
Isso é feito através da criação de objetivos claros, estabelecimento de regras para o cumprimento desses objetivos, como prazos a serem cumpridos e recompensas para o “jogador” sempre que ele alcança o objetivo em questão.
Para deixar isso mais claro, vamos a alguns exemplos reais de uso da gamificação nos próximos dois tópicos.
A gamificação nos cassinos
O jogo Crazy Hunter 2 da empresa TaDa Gaming é um bom exemplo de jogo de cassino que aplica a gamificação. Note que por se tratar de um jogo de cassino, ele não é um videogame.
O que acontece em Crazy Hunter 2 é que o apostador deve lutar contra diferentes personagens usando um canhão (objetivo). Cada disparo do canhão custa uma aposta e pode ou não derrubar o personagem na tela. Se derrubá-lo, você vence um prêmio (recompensa).
Por se tratar de um jogo de cassino, os personagens não tem uma “barra de vida” que diminui sempre que ele é atingido. Em vez disso, os personagens são vencidos de forma aleatória. Isto é, qualquer disparo pode derrubá-lo.
Outro exemplo de jogo de cassino que usa a gamificação é o Fortune Tiger feito pela empresa PG Soft. Neste jogo, um recurso bônus aleatório pode ser ativado a qualquer momento de forma aleatória. O recurso bônus em questão é como um benefício, pois aumenta as chances de o jogador vencer.
Os jogos de cassino como este são mais sutis na gamificação, mas não deixam de usar esse conceito para serem mais apelativos para os jogadores.
A gamificação no ambiente corporativo
Empresas de diferentes setores oferecem bônus para seus funcionários se os mesmos alcançarem metas específicas. Por exemplo, empresas do setor imobiliário costumam oferecer bônus para os corretores que venderem um valor específico dentro de um prazo.
Algo como, bônus de R$ 10.000,00 para quem vender R$ 1 milhão em imóveis no primeiro trimestre. Iniciativas como esta criam um objetivo claro para os funcionários e uma recompensa em caso de sucesso.
Isto é a transformação de uma tarefa(s) comum em um jogo com um objetivo claro e uma recompensa no final.
O segredo por trás da gamificação
Fazer tarefas do dia a dia pode entediar as pessoas facilmente. Especialmente agora que os smartphones estão em alta e as pessoas estão cada vez mais distraídas. A gamificação cria um elemento de competitividade na mente das pessoas.
Você ganha uma recompensa se atingir o objetivo e nada se perder. Sigmund Freud, um dos maiores psicanalistas de todos os tempos, lançou uma teoria de que as pessoas são motivadas para evitar a dor e buscar o prazer.
Por isso a gamificação funciona tão bem. Há uma recompensa clara (prazer) para quem cumpre o objetivo e nada para quem não cumpre (dor).
Como você pode usar a gamificação
Você não precisa estudar psicologia avançada para aplicar a gamificação na sua vida. Na verdade, ela pode ser implementada facilmente. Para isso, você precisa de duas coisas: um objetivo claro e uma recompensa caso consiga alcançá-lo.
Esse objetivo pode ser transformado em uma lista de tarefas. Por exemplo:
- Arrumar a casa;
- Fazer as tarefas da faculdade;
- Ler 30 minutos por dia;
Note que para ele realmente ser um objetivo, é necessário um prazo. Por exemplo, a lista acima poderia ter o prazo até o final do dia.
Já a recompensa poderia ser algo como pedir uma pizza, usar o Instagram por uma hora, jogar videogame por uma hora, etc.
Não há mistérios aqui. Basta estabelecer tarefas em um prazo razoável e colocar uma recompensa para caso você consiga concluir tudo dentro deste prazo. É assim que você implementa a gamificação na sua vida