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Pessoas estão caindo de prédios em busca da foto perfeita para o Instagram

Informações Revista Época 

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A nossa vida vale apenas uma foto?” Esse questionamento foi postado em março do ano passado em uma conta no Instagram de um jovem casal de engenheiros chamado Vishnu e Meenakshi Moorthy, que administrava um blog de viagens na Índia, e trabalhava no Vale do Silício (EUA).

Na postava, uma foto mostrava Meenakshi sentada à beira de uma pedra no Grand Canyon (EUA) com a legenda: “Muitos de nós são fãs de tentativas audaciosas de ficar à beira de penhascos e arranha-céus. . . Nossa vida vale apenas uma foto?”

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Em outubro de 2018, o casal morreu ao cair de um penhasco de 244 metros no Parque Nacional de Yosemite (EUA), em um acidentem ocorrido, provavelmente, enquanto ambos tentatavam tirar fotos para as redes socias, segundo reportagem da Fast Company.

No domingo (6/01), um casal morreu afogado na Praia do Secreto, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio.

Segundo familiares, Jaqueline Amorim de Souza, 38, e Marcelo Francisco Maciel, 37, foram até as pedras para tirar uma selfie quando uma forte onda os arrastou para o mar — causando o acidente.

O conto de fadas dos dois casais terminou tragicamente. Mas a história deles é parte de uma tendência crescente e perigosa na disputa global pela fama nas redes sociais.

A moda das fotos às alturas teve início em 2011, quando um canadense chamado Tom Ryaboi tirou uma foto balançando os pés nas bordas de um prédio alto em Toronto. Ele postou a imagem no Flickr, Reddit e 500px e foi um sucesso viral.

A foto fez com que o canadense ficasse conhecido e ajudou a espalhar o fenômeno do “telhado”, quando pessoas escalam o mais alto que podem em um prédio ou em uma torre — apesar do perigo envolvido na atividade.

Lançada a novidade, influenciadores do Instagram, do YouTube e membros de outras redes sociais passaram a fotografar e gravar suas acrobacias perigosas.

Com isso, o número de pessoas feridas e mortas por acidentes no mundo durante o processo triplicou do início de 2014 ao final de 2015, segundo uma análise de mídia conduzida por pesquisadores da área médica na Turquia.

E a diversidade de acrobracias também se ramificou, segundo a reportagem: perto e acima de trens, ao lado de carros e motocicletas, durante interação com animais selvagens, entre outros tipos.

Segurança pública
Em alguns países, a polícia está até reprimindo a “fotografia sob riscos” para a segurança pública. Ryaboi, reconhecido como pioneiro da atividade, afirma que Hong Kong (China) é uma dessas regiões.

O próprio Ryaboi foi preso em 2015 durante um passeio em um telhado, em Toronto. Ele disse que a polícia tentou dar um exemplo à população, ao divulgar sua prisão, mas que o fato só tornou os telhados mais populares no Canadá. Desta forma, a polícia desistiu das acusações.

O estado indiano de Goa e outros locais estão estabelecendo “zonas sem selfie”, mas eficácia da norma é questionável.

Além disso, o Ministério do Interior da Rússia chegou a produzir um folheto e um vídeo sobre o perigo de fotografar e filmar em locais perigosos .”Um selfie legal pode custar sua vida”, diz o departamento, junto com desenhos que exemplificam como alguém pode morrer ao tentar capturar uma selfie emocionante.

Posição das redes sociais
Um porta-voz do Google, que elabora as regras do YouTube, disse que a empresa considera se as pessoas assumem que riscos são treinadas ou estão tomando as devidas precauções, se o ato pode ser facilmente copiado por menores e se os vídeos são educativos, documentais, científicos ou artísticos por natureza.

Por exemplo, o YouTube pode excluir conteúdo mostrando alguém apontando uma arma carregada para outra pessoa enquanto tira uma selfie. Esse vídeo, contudo, poderia ser exibido em um noticiário de TV que incluísse as imagens.

Da mesma forma, o Twitter proíbe a autoagressão. Desafios perigosos são contra as regras da rede social. A empresa exige que esses tweets sejam excluídos e, após violações repetidas, a conta pode até ser suspensa .

O Facebook, que é dono do Instagram, não respondeu aos questionamentos da Fast Company.

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