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Em busca de respostas, Fórum Parlamentar Catarinense quer intensificar conversas diplomáticas sobre a tragédia da Chapecoense


Foto: Divulgação

Após quase cinco anos, as questões jurídicas referentes ao acidente aéreo com o avião da LaMia, que transportava a Chapecoense e convidados, ainda não terminaram. O Fórum Parlamentar Catarinense, órgão formado por Deputados Federais e Senadores do estado, busca trazer, novamente, a pauta do Ministério das Relações Exteriores. O objetivo é que o Itamaraty busque caminhos para concretizar as indenizações às famílias das vítimas da tragédia.

O Fórum Parlamentar busca junto ao governo federal maior envolvimento nas interlocuções diplomáticas envolvendo a Colômbia e também a Bolívia, países envolvidos na tragédia. O Advogado Marcel Camilo, representante de pelo menos 10 famílias relatou sobre a importância da manutenção das conversas e a intensificação das mesmas:

O erro em aceitar esse plano de voo na Bolívia , bem como, o recepcionar pelas autoridades colombianas. Então, qualquer um desses que também assumem a culpabilidade pelos fatos poderiam acionar os seus seguros e isso já começaria a ser conversado, colocando na mesma mesa várias partes para tentar se chegar a coletividade dessas indenizações“.

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O senador Esperidião Amin comentou sobre a importância na intensificação dos trabalhos junto ao governo federal: “Nós temos três órgãos governamentais que temos que atualizar o nosso contato já avido em 2019. Primeiro a Susepe, que já foi objeto de uma reunião agendada pela coordenadora do Fórum – deputada Angela Amin, estivemos com o ministro das relações exteriores que se mostrou muito receptivo. Trabalhou durante seis anos e meio na Bolívia, conhece as peculiaridades que nós temos que levar em conta. Ele vai fazer um levantamento junto às embaixadas da Colômbia e da Bolívia para nos informar. E agora, temos ainda que agendar pelo Fórum um encontro com o Ministério da Justiça. Com isso, nós atualizaremos a agenda para termos um objeto definido a postular junto ao governo“.

Os governos dos países envolvidos já realizaram rodadas de conversas sobre o tema, porém sem qualquer avanço nas questões relacionadas às indenizações ou responsabilidades no acidente aéreo. Há ainda uma série de ações judiciais tramitando, envolvendo pedidos de indenizações, nos países envolvidos no acidente.

Em 2020, a Justiça da Flórida – onde a LaMia possui contratos- determinou que os familiares das vítimas do acidente, teriam direito de receber uma indenização de U$ 800 milhões, cerca de R$ 4 bilhões. Como a decisão foi deferida em primeira instância, as seguradoras da empresa recorreram da sentença em Londres.

A busca por justiça e reparação continua, e após quase cinco anos da tragédia, permanece latente nos familiares das vítimas do voo da LaMia. “Este ano o acidente completará cinco anos, mas a verdade é que a noite do 29 de novembro de 2016, para nós familiares, ainda não terminou. Hoje ela se traduz em uma luta diária, na luta a fim de apurarmos as responsabilidades das autoridades aeronáuticas e empresas envolvidas nessa tragédia que foram negligentes no dever de proteger a vida daqueles que entraram naquele avião“.

Para nós, familiares, não perdemos ativos financeiros, acentos, numerários, nós perdemos pessoas. Pessoas que amavámos, que amamos e que amaremos eternamente. Pessoas que faziam parte dos nossos dias, pessoas que faziam dos nossos projetos e que foram para uma viagem de ida sem volta. Então, a nossa luta é por justiça. Justiça por aqueles que não estão mais conosco. Uma justiça que traga luz as responsabilidades para que um acidente como este não se repita, para que outras famílias não carreguem em seus corações as dores que carregamos hoje, para encerrarmos este capítulo triste das nossas vidas com dignidade, um futuro com perspectiva. Então essa luta seguirá ativa até alcançarmos esses objetivos”, relatou Fabienne Belle, presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo da Chapecoense – AFAVC, viúva de Luiz Cesar Martins Cunha, o Cesinha, fisioterapeuta da Chape em 2016.

O ministro Carlos França já se comprometeu em conversar com os chanceleres dos países citados, para dar mais celeridade às negociações em busca de respostas e também na busca por justiça.

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