segunda-feira, setembro 8, 2025
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Participação de atletas ‘estrangeiros’ em competições catarinenses é pauta de audiência pública

Comissão de Esporte e Lazer debate proposta para limitar participação de atletas sem vínculo com Santa Catarina em torneios estaduais

Foto: Jeferson Baldo/Agência AL

Audiência trata da presença de atletas de fora do estado


Fortalecer o esporte e os atletas catarinenses, com a discussão da permissão da participação de atletas não registrados, ditos ‘estrangeiros’, em competições da Fesporte é pauta de audiência pública realizada em Chapecó na manhã desta sexta-feira (4). O assunto foi proposto do deputado Mauro De Nadal (MDB) e realizado pela Comissão de Esporte e Lazer da Alesc.

Valorização do atleta formado em SC

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De acordo com parlamentar, o tema é debatido há anos entre os atletas catarinenses. “Já na época em que que eu praticava um pouco de esporte, que disputava os Jogos Abertos, já debatíamos esse assunto. Não queremos proibir atletas de outros estados a participar das competições em Santa Catarina, mas sim valorizar o nosso estado, aquele que é formado em nossas bases.”

De Nadal destaca que algumas competições permitem a contração de atletas de outros estados para as disputas sem que tenham ligação com Santa Catarina. “Nossa intenção é que esses atletas ditos estrangeiros tenham raízes no nosso estado, seja com familiares que aqui moram ou residência fixa, mas que eles tenham uma familiaridade com o esporte e com a vida do catarinense.”

Participantes defendem critérios mais rigorosos


O debate foi unânime entre os participantes em pautar a presença de atletas de outros estados, desde que os mesmo tenham ligação com Santa Catarina. Para o goleiro da Pinhalense Futsal, Maizena, incentivar o esporte é importante, mas é necessário valorizar o atleta catarinense. “Esse debate é histórico para o nosso esporte, mas existe os dois lados da moeda. Precisamos valorizar o atleta catarinense, mas também precisamos dar atenção aqueles que vêm de fora, que muitas vezes elevam o nível da competição. O ponto aqui são as datas limites para que esses atletas sejam federados na Fesporte e que eles tenham ligação com Santa Catarina e não apenas que venham para jogar e vão embora.”

Fesporte aponta lacunas no sistema atual


O presidente da Fesporte, Jeferson Batista, cita que os atletas que são de outros estados ou países e pretendem disputar competições catarinenses têm um prazo para estar registrados à Fesporte ou a entidade do desporto regional. “Este registro é efetivado quando o atleta integra os sistemas de controle. O que precisamos, e estamos debatendo, são as vagas restantes que precisam ser preenchidas após esse credenciamento e acabam com atletas que não têm ligação com Santa Catarina.”

O ‘estrangeiro’ enraizado catarinense


O atleta de 26 anos Pablo Patinho deixou a cidade de Assuncion, no Paraguai, e atacou fortemente no vôlei no município de São Lourenço do Oeste, onde fixou residência para seguir a carreira profissionalmente. “É importante esse incentivo que Santa Catarina nos dá, nos proporcionando mostrar nosso talento, incentivando uma carreira. Eu já me sinto catarinese e já não quero mais voltar para o Paraguai.”

Pablo é o exemplo de atleta estrangeiro que joga pelo município catarinense, mas que segue a regra em debate na audiência pública e o desejo da maioria dos participantes, de fixar prazos e fazer com que esses atletas tenha relacionamento com Santa Catarina.

Regras aplicadas hoje


Atualmente, competições como a Olimpíada Estudantil Catarinense (Olesc) e os Joguinhos Abertos e Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) permitem que municípios participem com atletas estrangeiros ou brasileiros de outros estados, mesmo que não estejam estabelecidos em solo catarinense.

Conforme o regulamento, podem participar até dois atletas de fora em modalidades como basquetebol, bolão 16, bolão 23, futebol, futsal, handebol, punhobol e voleibol de quadra.

Já em modalidades como atletismo, basquete 3×3, beach tennis, bocha, boxe, karatê, ciclismo, ginástica artística, ginástica rítmica, jiu jitsu, judô, natação, remo, surf, tênis, tênis de mesa, tiro armas curtas, tiro armas longas, tiro ao prato, taekwondo, triathlon e xadrez, é permitida a participação de até um atleta de fora de Santa Catarina.

Lei alterou questão no vôlei de praia


Em abril deste ano, foi aprovado um projeto de lei do deputado Mauro De Nadal (agora Lei 19.295/25) que passou a restringir a participação de atletas vinculados a entidades de administração esportiva nacionais ou internacionais que não tenham sede em Santa Catarina em competições de vôlei de praia organizadas pela Fesporte.

A justificativa foi a necessidade de valorizar o atleta que aqui vive e compete em eventos organizados com recursos dos impostos dos catarinenses, assim como tornar o cenário mais equilibrado e com igualdade de oportunidades.

Sugestões para alinhamento da pauta


Ao fim da audiência, Mauro De Nadal citou pontos já levantados em outros debates sobre o assunto, sendo a regulamentação dos prazos mínimos de residência/registro em SC; criação de prazo fixo para transferências em federações e fortalecer etapas regionais.

“Vamos, com a Fesporte, organizar todas as sugestões, fazer um apanhado final e buscar a regulamentação via governo do estado, ou até mesmo por uma legislação estadual por meio do Parlamento”, finalizou.

Por: Agência AL

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