quarta-feira, julho 23, 2025
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Santa Catarina bate recorde e lidera exportações de banana no Brasil

Estado responde por metade das exportações brasileiras no primeiro semestre e deve colher 768 mil toneladas na safra 2024/25, apesar de desafios climáticos

Foto: Aires Mariga/Epagri

Mesmo com a queda nos preços da banana entre maio e junho de 2025, Santa Catarina se destacou no cenário nacional e internacional da fruticultura. O estado lidera as exportações brasileiras no setor e deve alcançar safra recorde nos próximos meses, com previsão de 768 mil toneladas, um aumento de 17,5% em relação ao ciclo anterior.

No primeiro semestre de 2025, o Brasil exportou 43,8 mil toneladas de banana, gerando US$ 15,7 milhões. Santa Catarina foi responsável por 21,8 mil toneladas — praticamente metade do volume — com faturamento de US$ 7,2 milhões, o equivalente a 45,9% da receita nacional, conforme dados do Observatório Agro Catarinense.

Os principais destinos da banana catarinense foram a Argentina, com 62% das exportações (US$ 4,5 milhões), e o Uruguai, com 37,8% (US$ 2,7 milhões).

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Apesar do bom desempenho nas exportações, o mercado interno enfrentou desvalorização recente. A banana-caturra teve queda de 25,3% nos preços pagos ao produtor e a banana-prata caiu 16,4%, pressionadas pela alta oferta e concorrência com outras frutas. As chuvas frequentes e uma geada em junho também comprometeram a qualidade dos cachos, obrigando muitos produtores a antecipar a colheita.

Segundo o analista da Epagri/Cepa, Rogério Goulart Júnior, o cenário tende a melhorar. “A expectativa é de valorização nos preços devido à redução da oferta, causada pelas baixas temperaturas e pelo menor desenvolvimento dos cachos. A banana-caturra deve ter recuperação, enquanto a banana-prata tende à estabilidade”, avaliou.

Com o aumento da área cultivada, que passou para 28,4 mil hectares, a produção de banana-caturra deve crescer 18% e a da banana-prata, 15,2%. O setor comemora os números e mantém boas perspectivas também para o segundo semestre, com possibilidade de melhores valores nas exportações.

Por: Cristiele Deckert, jornalista bolsista Fapesc Epagri/Cepa

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