quarta-feira, novembro 5, 2025
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Mulher é indiciada por mentir em audiência sobre injúria racial contra criança em Santa Catarina

Investigação apontou contradições graves no depoimento de testemunha

Imagem: Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Polícia de Xaxim, concluiu nesta quarta-feira (5) o inquérito que apurou a prática de falso testemunho cometido, em tese, por uma mulher de 53 anos. O caso ocorreu durante uma audiência no Fórum da Comarca, em 26 de agosto deste ano, e está relacionado a um processo que investiga crimes de ameaça e injúria racial contra uma criança de 11 anos.

De acordo com as investigações, a mulher teria mentido em juízo ao afirmar que não ouviu ofensas racistas proferidas por uma ré de 41 anos contra o menor, em um episódio ocorrido em um complexo esportivo de Xaxim. No entanto, uma testemunha imparcial e sem vínculo com as partes relatou ter presenciado as expressões de cunho racista e o sofrimento da criança, que chegou a chorar durante as agressões verbais.

A Polícia Civil constatou que as contradições nos depoimentos não se limitavam a detalhes secundários, mas atingiam o ponto central da acusação — o cometimento da injúria racial. Segundo o relatório, as divergências tinham potencial para influenciar diretamente a decisão do magistrado responsável pelo caso.

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Durante o interrogatório formal, realizado em 29 de outubro, a investigada manteve a versão dada em audiência e tentou desqualificar o depoimento da testemunha imparcial, alegando que ela não estaria próxima o suficiente para ouvir as ofensas. A alegação, porém, foi refutada pelas provas coletadas ao longo da investigação.

Com a conclusão do inquérito, a mulher foi indiciada pelo crime de falso testemunho, cuja pena prevista é de reclusão de dois a quatro anos e multa — podendo ser aumentada de um sexto a um terço por se tratar de processo penal.

O relatório foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para as providências cabíveis.

A Polícia Civil destacou que o caso reflete o compromisso da instituição com a verdade e a integridade da Justiça.

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