sábado, novembro 1, 2025
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EUA avaliam atacar alvos militares na Venezuela, diz jornal; Trump nega decisão

Relatos da imprensa americana indicam que Washington estuda bombardear instalações usadas por militares venezuelanos; Trump, porém, nega ação iminente

Foto: Divulgação

O governo dos Estados Unidos estaria avaliando bombardear alvos militares na Venezuela que, segundo autoridades americanas, seriam utilizados para o tráfico de drogas. A informação foi divulgada pelo jornal The Wall Street Journal, que afirma que o presidente Donald Trump ainda não tomou uma decisão final sobre a operação.

Fontes ligadas ao governo americano disseram ao jornal que o Exército dos EUA já identificou possíveis alvos, incluindo portos, pistas de pouso e bases navais controladas por militares venezuelanos. Esses locais teriam, segundo Washington, ligação com o transporte de drogas para fora do país. No entanto, a reportagem não indica se há provas concretas dessa relação.

O Miami Herald, por sua vez, publicou nesta sexta-feira (31) que a ofensiva militar já teria sido aprovada e poderia ocorrer “a qualquer momento”. Até o momento, porém, nenhuma outra grande publicação americana confirmou essa versão. Questionado por repórteres no Air Force One, Trump negou que esteja planejando uma incursão militar direta contra a Venezuela.

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Apesar da negativa, o governo americano tem reforçado sua presença militar no Caribe nas últimas semanas. Navios, caças, bombardeiros e aeronaves de vigilância foram deslocados para a região, em uma ação que Washington classifica como parte do combate ao narcotráfico. Especialistas, entretanto, afirmam que a movimentação tem caráter político e visa aumentar a pressão sobre o presidente Nicolás Maduro.

Maduro, por sua vez, acusa os Estados Unidos de tentar promover uma mudança de regime. O líder venezuelano ordenou exercícios militares no litoral para reforçar a defesa do país e declarou que Washington “está inventando uma guerra”.

Além da disputa territorial e política, há também interesses econômicos em jogo. A Venezuela possui uma das maiores reservas de petróleo do mundo, fator considerado central nas tensões entre os dois países, segundo analistas.


Lula propõe intermediação

Diante da escalada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se ofereceu para atuar como interlocutor entre Venezuela e Estados Unidos. Em encontro com Trump durante reunião da Asean, Lula afirmou que a América do Sul é uma região de paz e defendeu uma solução diplomática.

Lula criticou publicamente a possibilidade de ataques unilaterais contra países estrangeiros sob justificativa de combate ao narcotráfico. Segundo ele, tal prática ameaça a soberania das nações e pode desencadear instabilidade mundial.

O governo brasileiro diz estar disposto a ajudar em negociações que “busquem soluções corretas e mutuamente aceitáveis”.

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