Bruno Guimarães projetou o duelo da Seleção Brasileira contra a Bolívia, nesta terça-feira (9), no Estádio Municipal de El Alto, na cidade de El Alto, pela última rodada das Eliminatórias. Em entrevista à CBF TV, o meio-campista comentou o desafio que será enfrentar os donos da casa a mais de quatro mil metros de altitude.
“É um jogo completamente diferente de um jogo normal. Ao dar um sprint, você demora uns dois minutos para se recuperar, você puxa o ar, e o ar não vem. Eles ganharam praticamente todos os pontos jogando dentro de casa, é uma seleção forte em casa. Temos que estar preparados, controlar o jogo e ficar com a bola, que é o mais importante. Vamos lá para dar o nosso melhor e conquistar os três pontos.”
Dos 17 pontos da Bolívia, 14 foram conquistados em seus domínios. No palco da partida desta terça, onde a Amarelinha irá jogar pela primeira vez, a La Verde goleou a Venezuela por 4 a 0, venceu a Colômbia por 1 a 0 e o Chile por 2 a 0, além de ter empatado por 2 a 2 com o Paraguai e sem gols com o Uruguai.
Apesar das condições adversas, destacar-se na altitude não seria novidade para Bruno Guimarães. Em março de 2022, na goleada sobre os donos da casa por 4 a 0, o carioca de 27 anos deu assistência para Paquetá, que retribuiu o favor para Bruno anotar seu primeiro gol pela Amarelinha. À época, ele ainda buscava garantir seu lugar na Copa do Mundo e ressaltou que a atuação foi decisiva para sua convocação.
“É um gol muito importante para mim e que vai estar para sempre marcado na minha carreira. Minha esposa estava grávida do meu primeiro filho e foi quando revelei que seria pai pela primeira vez. Foi meu primeiro gol com a camisa da Seleção também, com a assistência do meu amigo Paquetá. Naquele momento, eu estava disputando uma vaga na Copa com outros jogadores e aquele gol, partida e atuação foram cruciais para a minha ida (à Copa).”
Comemoração emblemática
Na última quinta-feira (4), o jogador do Newcastle, da Inglaterra, foi titular na vitória por 3 a 0 sobre o Chile e definiu o placar do jogo, tendo anotado o terceiro gol da partida. Ao estufar as redes, ele correu para uma das bandeiras de escanteio e a levantou em direção à arquibancada sul do Maracanã.
Ele explicou que a comemoração simboliza a dedicação da Seleção para “alegrias a todo o povo brasileiro”.
“Quis simbolizar que ali era a nossa casa, que aqui é o Brasil. A gente quer sempre o melhor para o nosso país e para o nosso povo, então fazer um gol na nossa casa, com o Maracanã cheio, vai ficar para sempre na minha memória. Só quis simbolizar que era a nossa casa e que vamos dar sempre o nosso melhor para dar alegrias a todo o povo brasileiro.”
