Os bombardeios entre Israel e Irã se intensificaram entre sexta-feira (13) e o início da tarde deste domingo (15), elevando o número de mortos para mais de 90 pessoas e aumentando os temores de um conflito ainda mais amplo no Oriente Médio. As ofensivas ocorrem desde que Israel lançou a “Operação Leão em Ascensão”, atingindo instalações militares e nucleares iranianas.
Em Israel, ao menos 13 pessoas morreram, incluindo crianças, após mísseis iranianos atingirem áreas residenciais. Cães farejadores e escavadeiras foram usados nas buscas por sobreviventes em Tel Aviv e Bat Yam, onde sirenes voltaram a soar à luz do dia neste domingo.
Já no Irã, o cenário é ainda mais devastador: o país registrou 78 mortes apenas na sexta-feira, com mais 60 mortos no sábado, metade deles crianças, em um ataque que destruiu completamente um prédio de 14 andares em Teerã. As explosões atingiram também depósitos de combustível e o setor energético, ameaçando a já fragilizada economia iraniana.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu ampliar a campanha militar e disse que o Irã “pagará um preço alto” pelos ataques a civis. Autoridades israelenses afirmam que ainda há uma “longa lista de alvos” no território iraniano.
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, respondeu com ameaças: “As respostas do Irã se tornarão mais decisivas e severas”. Ele reiterou que o país “abrirá os portões do inferno” se Israel continuar com as ofensivas.
TRUMP AMEAÇA, MAS FALA EM ACORDO
O presidente dos EUA, Donald Trump, defendeu a ofensiva de Israel, negou envolvimento direto dos EUA, mas fez um alerta severo ao Irã:
“Se formos atacados de qualquer forma, toda a força das Forças Armadas dos EUA cairá sobre vocês a níveis nunca antes vistos.”
Trump afirmou ainda que um acordo de paz “poderia ser alcançado facilmente” e que “as partes terão paz em breve”. No entanto, o Irã cancelou as negociações nucleares previstas para este domingo, alegando que “não negociará enquanto estiver sob ataque”.
Até o momento, 270 mísseis balísticos foram disparados pelo Irã; 22 conseguiram ultrapassar o escudo antimísseis israelense.
O cenário aumenta o risco de um conflito regional em larga escala e pressiona os mercados, com a alta nos preços do petróleo e impactos na estabilidade geopolítica global.
