
A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Polícia de Catanduvas, concluiu nesta semana dois inquéritos que investigavam crimes de maus-tratos contra animais. Os dois casos, considerados graves pelas autoridades, resultaram no indiciamento dos investigados e o envio dos procedimentos ao Poder Judiciário.
O primeiro episódio chocou a comunidade local. Um cão foi atropelado de forma intencional em via pública. De acordo com o inquérito, o condutor do veículo atingiu o animal e, em seguida, manobrou de ré, passando novamente sobre o corpo do cão, que morreu no local. Testemunhas confirmaram a ação deliberada. Laudos e provas robustas comprovaram a crueldade envolvida no ato.
O segundo caso veio à tona após denúncias feitas à ONG de proteção animal “Fiel Companheiro”. Durante diligências com apoio da Polícia Militar, foi constatado que um filhote de cachorro vivia acorrentado e apresentava sinais evidentes de medo e dor. O tutor admitiu ter agredido o animal com cinto e o submetido a castigos físicos e psicológicos. Laudo veterinário confirmou os maus-tratos.
Os dois casos foram enquadrados no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), em sua forma agravada, que prevê pena de reclusão de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda de animais, quando a vítima for cão ou gato.
O delegado André Luis Cembranelli Barbeta, responsável pelas investigações, destacou a atuação da polícia: “Casos como esses demonstram que maus-tratos não serão tolerados. Cadeia para quem maltrata animais é uma realidade prevista em lei. Nosso trabalho é garantir que esses crimes sejam apurados e punidos com o rigor necessário.”
A Polícia Civil reforça a importância da colaboração da população e informa que denúncias anônimas podem ser feitas pelos canais oficiais, com garantia de sigilo.
