
Uma tragédia abalou o Canadá neste final de semana. Onze pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas depois que um homem avançou com um carro contra a multidão durante o festival filipino Lapu Lapu Day, em Vancouver. Entre as vítimas fatais está a brasileira Clara “Kira” Ganapol Salim, de 34 anos, musicista e educadora natural do Rio de Janeiro.
Atropelamento em festival lotado gera horror e comoção
O ataque ocorreu no sábado (26), por volta das 20h14, no momento em que o evento estava se encerrando. Kai-Ji Adam Lo, de 30 anos, dirigiu um SUV preto em alta velocidade em direção ao público, causando pânico e destruição em segundos. A tragédia foi ainda maior pelo fato de que as barreiras de segurança já haviam sido retiradas do local.
Testemunhas relataram cenas de desespero e bravura: frequentadores imobilizaram o agressor antes da chegada da polícia. Lo foi preso no local e enfrenta acusações de homicídio em segundo grau, com a possibilidade de novos processos conforme a investigação avança.
Brasileira entre os mortos
A brasileira Clara Ganapol Salim, conhecida como Kira, era uma presença querida tanto no Rio de Janeiro quanto no Canadá. Residente no país norte-americano há quase três anos, ela trabalhava como professora em uma escola na cidade de New Westminster. Além da carreira educacional, Kira também se destacava na cena cultural, tendo atuado no bloco de carnaval Marcha Nerd.
A notícia de sua morte gerou comoção entre amigos, familiares e a comunidade brasileira no Canadá. O Itamaraty confirmou a morte e está prestando apoio aos familiares.
Motivações e consequências
As autoridades canadenses descartaram motivações terroristas. Investigações preliminares apontam que o agressor agiu sozinho e possuía histórico de problemas de saúde mental. O episódio reacende o debate sobre a segurança em eventos públicos e a necessidade urgente de políticas eficazes para atender a pessoas com transtornos psicológicos graves.
O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, e o presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., lamentaram o ocorrido. Vigílias e homenagens espontâneas vêm sendo organizadas em Vancouver e outras cidades.
Este ataque é considerado o mais mortal na história de Vancouver.