
Pobreza em queda, inflação sob controle
A Argentina vive um momento histórico de reversão econômica. Sob a gestão do presidente Javier Milei, a taxa de pobreza caiu de 52,9% para 38,1% em poucos meses, mesmo após um início turbulento, em que os índices sociais pioraram temporariamente. A reversão, apontada por muitos como improvável, aconteceu em meio ao maior ajuste fiscal do mundo, segundo especialistas. O dado desafia a tese de que justiça fiscal aumenta a miséria — e reacende o debate sobre o papel do Estado nas economias latino-americanas.
Inflação desacelera com responsabilidade fiscal
O combate à inflação também tem mostrado resultados expressivos. De 211,4% em 2023, o índice anual caiu para 69% nos últimos 12 meses. Os cortes nos gastos públicos e o fim dos subsídios, inclusive para a população de baixa renda, não provocaram uma explosão na miséria — pelo contrário, contribuíram para a redução da pobreza e para o retorno da confiança na economia argentina.
Crescimento após recessão
Nos três primeiros trimestres, a economia argentina enfrentou retrações severas: queda de 2% no primeiro trimestre, seguida de 1,8% no segundo. No entanto, no terceiro trimestre, o país cresceu 3,9%, e a previsão da OCDE é de que o PIB argentino cresça 6% em 2025. A virada foi impulsionada por um pacote de medidas duras: corte de salários, reforma trabalhista, redução de funcionários públicos e mega decreto de desregulamentação.
Comparações e alertas para o Brasil
A guinada argentina contrasta com o caminho trilhado atualmente pelo Brasil, que, segundo críticos, segue na direção oposta: aumento do Estado, mais impostos, mais burocracia. A referência ao governo anterior de Jair Bolsonaro aparece como um contraponto, com a defesa de um retorno à responsabilidade fiscal, redução da carga tributária e valorização da iniciativa privada.
O que o Brasil pode aprender
Milei transformou a Argentina em um potencial “trator de investimentos da América Latina” nos próximos anos — ou até nas próximas décadas. O exemplo argentino está sendo observado de perto, especialmente por setores que defendem maior liberdade econômica e ajuste nas contas públicas. Para esses grupos, a principal lição é clara: não há crescimento sustentável sem responsabilidade fiscal.