
Foto: Marco Favero / Arquivo / SECOM
As mulheres ocuparam 52,7% das novas vagas de emprego formal em 2024, conforme dados consolidados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Em 2023, essa proporção foi de 45,7%. Em comemoração ao Mês Internacional da Mulher, a Diretoria de Políticas Públicas da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) lança o Informativo Mensal de Emprego nº 2/2025, tendo como destaque a “Inclusão, conquistas e desafios da mulher catarinense no mercado de trabalho”.
A diretora de Políticas Públicas da Seplan, Larissa Borges, afirma que a Seplan e o Governo do Estado celebram o fortalecimento da presença feminina no mercado de trabalho formal. Ela destaca que 39,5% das novas vagas formais criadas em Santa Catarina foram ocupadas por mulheres, conforme o Novo Caged referente a janeiro de 2025. O percentual representa 9.108 novos postos de trabalho formal ocupados por mulheres no primeiro mês do ano. A região Sul apresentou 28,1% e o Brasil registrou 20,4%. Em comparação com o mês de janeiro de 2024, houve crescimento de 0,5 pontos percentuais na proporção de novas vagas de emprego formal ocupadas por mulheres.
“Os dados em Santa Catarina superam positivamente a média na Região Sul e a média nacional. Portanto, os resultados reforçam a nossa crescente presença feminina e a importância de ampliar oportunidades no mercado de trabalho para essa robusta força de trabalho da mulher”, frisa a diretora.

Indicadores favoráveis
Entre as unidades federativas, Santa Catarina registrou o quarto maior rendimento médio habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas mulheres. Assim, o valor, de R$ 3.190,00, ficou atrás apenas do Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro. No período analisado, entre o quarto trimestre de 2015 e o quarto trimestre de 2024, o crescimento do rendimento foi de 21,8% entre mulheres, superior ao crescimento do rendimento entre trabalhadores homens (18,0%).
Larissa Borges destacou que a Seplan dispõe de uma equipe composta por economistas e especialistas em gestão de dados, que tem como objetivo orientar as políticas de empregabilidade e de qualificação educacional e profissional, sempre respeitando as diversas particularidades do público catarinense. Em relação à empregabilidade formal da mulher, Larissa Borges portanto, ela considera importante monitorar e analisar a série histórica dos indicadores e fazer o cruzamento dos dados com outras fontes governamentais.
Vale considerar o cruzamento com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Seus resultados indicam que, no último trimestre de 2024, 60,5% das mulheres participavam do mercado de trabalho catarinense, um aumento de 5,22% em relação ao mesmo trimestre de 2015. Entre os trabalhadores homens esse crescimento foi de 2,13%.

Mulheres nos diversos segmentos
O economista da Seplan, Pietro Aruto, constata que, entre o quarto trimestre de 2015 e o quarto trimestre de 2024, Santa Catarina registrou um aumento de 292 mil mulheres ocupadas no mercado de trabalho, o que representa um crescimento de 18,9% em 9 anos. “Os dados do mercado de trabalho formal evidenciam o protagonismo e a importância das mulheres na economia estadual. Nos últimos 12 meses, elas ocuparam dois em cada três empregos gerados para profissionais com nível superior. Esses segmentos apresentam os maiores níveis de produtividade, constituindo-se em uma fonte estratégica de competitividade para as empresas catarinenses”, afirma Pietro.
De acordo com a equipe de economistas da Seplan, houve um saldo expressivo de empregos formais para mulheres nos setores de Serviços e Indústria, o que pode sinalizar um movimento a ser acompanhado ao longo do ano. Vale ressaltar que esses dois setores reúnem aspectos de desenvolvimento econômico considerados essenciais ao estado.

Os dados consolidados de 2022 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) confirmam a tendência do setor de Serviços em concentrar significativa participação das mulheres. O setor empregou 54,5% da mão de obra feminina em relação ao contingente total no segmento. Naquele ano, a Indústria manteve a segunda posição, empregando 23,8%. Já o Comércio empregou 19,7% das mulheres. Construção e Agropecuária empregaram 0,99% e 0,95%, respectivamente.
Fonte: Agência de notícias SECOM