sábado, fevereiro 22, 2025
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Vídeo | Governo suspende crédito do Plano Safra e agronegócio se mobiliza contra decisão

Deputada federal Daniela Reinehr alerta para impactos na produção de alimentos e cobra soluções urgentes do governo


Crise no financiamento do agro: suspensão do Plano Safra preocupa produtores

O governo federal suspendeu as linhas subsidiadas de crédito do Plano Safra 2024/2025 por falta de recursos, impactando diretamente o financiamento da produção agrícola no Brasil. A decisão foi justificada pela elevação da taxa básica de juros (Selic), que aumentou os custos da equalização de crédito. Com a paralisação, somente o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) segue com liberação de recursos.

O anúncio gerou forte reação no setor do agronegócio, que representa cerca de 25% do PIB nacional e quase 50% das exportações do país. Parlamentares ligados ao agro, como a deputada federal Daniela Reinehr (PL-SC) e o deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), criticaram duramente a medida, classificando-a como um “ataque ao setor produtivo”.

Impacto na produção e alta no preço dos alimentos

A suspensão do crédito chega em um momento crítico: o Brasil está colhendo soja, iniciando a colheita do arroz e plantando a segunda safra de milho. Sem financiamento, produtores rurais enfrentam dificuldades para bancar o plantio e a colheita, o que pode resultar em queda na produção e aumento dos preços dos alimentos.

- Continua após o anúncio -

A Frente Parlamentar da Agropecuária alertou que a medida pode afetar diretamente itens da cesta básica, como proteínas e ovos, já que os custos de produção, especialmente das rações utilizadas, dependem da oferta de grãos. Com menos financiamento e menor produção, a oferta de alimentos pode cair, pressionando os preços ao consumidor.

Governo admite dificuldades e busca alternativas

O Ministério da Fazenda afirmou que a suspensão do Plano Safra é temporária e deve vigorar até a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA), quando os ajustes financeiros serão reavaliados. O orçamento de 2025 ainda está em tramitação no Congresso e só deve ser votado após o Carnaval.

Diante da crise, o governo discute alternativas para viabilizar o financiamento da próxima safra. Entre as possibilidades estão:

Diferenciação de taxas de juros por tipo de cultivo, modelo já utilizado no Pronaf;
Ampliação do uso das LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) para baratear os financiamentos;
Captação de recursos externos para reforçar a oferta de crédito;
Modernização do seguro rural para dar mais segurança ao produtor.

Reação do setor e pressão política

A decisão do governo gerou intensa mobilização política e econômica. A deputada Daniela Reinehr classificou a medida como “sabotagem ao agronegócio” e reforçou que o setor não aceitará passivamente a suspensão. “Sem apoio ao agro, a economia desacelera, o emprego diminui e o Brasil perde competitividade no mercado global”, declarou.

A FPA convocou o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Campos Júnior, para prestar esclarecimentos sobre a suspensão do crédito. Além disso, parlamentares do agro afirmam que continuarão cobrando do governo federal uma solução rápida para evitar maiores prejuízos ao setor.

Com o agronegócio sendo um dos pilares da economia brasileira, a expectativa agora é pela reação do Congresso e possíveis mudanças no orçamento para garantir a retomada do crédito rural.

A suspensão do Plano Safra coloca em xeque a segurança alimentar e o desenvolvimento econômico do Brasil. A pressão política e popular será fundamental para reverter essa decisão.

Assista ao vídeo:

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