
A Petrobras anunciou que, a partir deste sábado (1º), o preço do diesel A para as distribuidoras será reajustado em R$ 0,22 por litro, elevando o valor para R$ 3,72. O impacto final nos postos de combustíveis será ainda maior devido ao aumento do ICMS, que subirá R$ 0,0565 por litro, totalizando R$ 1,12 de imposto estadual sobre o diesel. O reajuste pode pressionar a inflação e encarecer produtos essenciais.
Frete mais caro e transporte público sob pressão
O diesel é o principal combustível do transporte de cargas no Brasil. Com o reajuste, empresas de logística devem repassar o aumento do custo aos clientes, encarecendo produtos transportados por caminhões, como alimentos, materiais de construção e eletrônicos.
Além disso, ônibus urbanos, intermunicipais e interestaduais também operam a diesel, o que pode pressionar empresas de transporte público a reajustar tarifas.
Inflação em efeito cascata
O aumento do combustível impacta diretamente a agropecuária, que depende de máquinas movidas a diesel e do transporte de insumos e produtos agrícolas. Isso pode refletir em um aumento nos preços de alimentos, como carnes, leite, frutas e hortaliças.
Com o custo logístico mais alto, setores industriais também serão afetados, podendo repassar os custos ao consumidor final. Esse efeito pode acelerar a inflação, diminuindo o poder de compra da população.
Possíveis reações e impactos políticos
O reajuste no preço do diesel pode gerar insatisfação entre caminhoneiros e transportadores, principais afetados pelo aumento do combustível. Em momentos anteriores, reajustes similares levaram a protestos e pedidos de intervenção na política de preços da Petrobras.
A decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) de aumentar o ICMS sobre combustíveis também pode gerar críticas, especialmente em um momento de preocupação com a inflação e o custo de vida.
Perspectivas para os próximos meses
A Petrobras ressaltou que, desde dezembro de 2022, o preço do diesel sofreu uma redução acumulada de R$ 0,77 por litro, mesmo com o novo aumento. Entretanto, novos reajustes podem ocorrer, dependendo das oscilações do mercado internacional do petróleo e da política de preços da estatal.
Os consumidores devem sentir os impactos nos próximos dias, especialmente no abastecimento de postos e no preço final de produtos essenciais.