A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Investigação Criminal de Joinville, elucidou um caso complexo de sequestro e homicídio ocorrido em Araquari, na região Norte de Santa Catarina. O sequestro de Camila Florindo D’Avila, de 23 anos, aconteceu no dia 8 de outubro de 2024. A ação planejada por um grupo de criminosos tinha como alvo o marido da vítima, que era envolvido com tráfico de drogas e disputas dentro de uma organização criminosa.
A jovem foi levada no lugar do companheiro e, após ser mantida refém, foi executada em uma área rural de Ibaiti, no Paraná. O corpo dela foi encontrado três meses depois, no dia 14 de janeiro de 2025, em uma plantação de eucalipto na zona rural de Ibaiti, distante cerca de 450 km de Araquari.
Os investigadores da DIC de Joinville, sob o comando do Delegado José Gattaz Neto, conseguiram identificar os responsáveis pelo crime e realizar a prisão de cinco suspeitos, após uma investigação, que contou com a colaboração do Núcleo de Operações com Cães da Polícia Civil de Santa Catarina, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Científica e da Polícia Civil do Paraná.
De acordo com as investigações, o sequestro ocorreu quando a jovem estava acompanhada de seu marido e de uma amiga. No momento, os homens encapuzados, com a alegação de serem policiais, retiraram a jovem à força do local. O objetivo dos criminosos era matar o marido da vítima, mas, após falharem na tentativa de homicídio, decidiram sequestrar a mulher como uma forma de “queima de arquivo”.
A vítima foi levada para Curitiba, no Paraná, onde um desentendimento entre os próprios sequestradores resultou na morte de um dos criminosos. A mulher foi então transportada para o interior do Paraná, onde foi executada com um disparo de arma de fogo.
O trabalho incansável e diligente da Polícia Civil, em conjunto com outras autoridades policiais de Santa Catarina e do Paraná, permitiu não só a captura de grande parte dos envolvidos, como também a identificação dos foragidos, que já têm passagens por crimes graves, inclusive homicídios.
A Polícia Civil segue em busca dos dois suspeitos ainda foragidos, com a ajuda da Interpol, que foi acionada para cooperar nas investigações, inclusive com a suspeita de que os criminosos possam ter fugido para o Paraguai.
O Delegado José Gattaz Neto destacou a importância da colaboração entre as forças policiais e da persistência dos investigadores para a elucidação deste crime brutal, que trouxe justiça à família da vítima. “Apesar da complexidade do caso e da distância envolvida, a Polícia Civil não mediu esforços para localizar os responsáveis e levar à justiça aqueles que destruíram a vida de uma jovem inocente”, afirmou o delegado.