A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) solicitou, neste domingo (22), a prisão do motorista da carreta envolvida no trágico acidente que deixou 41 mortos na BR-116, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. O motorista, que está foragido, dirigia com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa e transportava carga acima do peso permitido.
O acidente, ocorrido na madrugada de sábado (21), foi o mais mortal registrado em rodovias federais brasileiras desde 2008, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Um bloco de granito transportado pela carreta bitrem se desprendeu, atingindo um ônibus da Viação Emtram, que seguia de São Paulo para Elísio Medrado, na Bahia. O impacto causou uma explosão no ônibus e um incêndio que destruiu o veículo.
O ônibus transportava 45 passageiros. Desses, 41 morreram, incluindo vítimas carbonizadas, o que dificultou a identificação dos corpos pelo Instituto Médico Legal (IML) de Teófilo Otoni. Treze pessoas sobreviveram e foram encaminhadas para atendimento médico.
Após o acidente, um carro Fiat Argo colidiu com a carreta, mas os três ocupantes do veículo foram resgatados com vida. A carreta, que não deveria estar circulando no local naquele horário, e o tacógrafo foram recolhidos para perícia.
Equipes do Corpo de Bombeiros limparam a rodovia, que ficou interditada durante horas devido ao óleo e destroços espalhados pela pista. A via foi liberada em ambos os sentidos após os trabalhos de remoção.
A PCMG e a PRF seguem as investigações para localizar o motorista e esclarecer as circunstâncias que levaram à tragédia.
