O capitão reformado do Exército Jair Bolsonaro (PSL), de 63 anos, tomou posse nesta terça-feira (1º) em Brasília como 38º presidente da República. O mandato vai até 31 de dezembro de 2022.
Ele propôs um “pacto nacional” e falou sobre os desafios do novo governo na área econômica. Segundo o novo presidente, somente com “um verdadeiro pacto nacional entre a sociedade e os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário”, será possível vencer os desafios da recuperação econômica.
“Precisamos criar um círculo virtuoso para a economia, que traga a confiança necessária para permitir abrir nossos mercados para o comércio internacional, estimulando a competição, a produtividade e eficácia sem viés ideológico. Neste processo de recuperação do crescimento, o setor agropecuário seguirá desempenhando papel decisivo em perfeita harmonia com a preservação do meio ambiente. Dessa forma, todo o setor produtivo terá aumento de eficiência, com menos regulamentação e burocracia”, afirmou.
“Esses desafios só serão resolvidos mediante um verdadeiro pacto nacional entre a sociedade e os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, na busca de novos caminhos para um novo Brasil.”
Ele também afirmou que, sob o governo dele, o Brasil “voltará a ser um país livre das amarras ideológicas”. Bolsonaro convocou os parlamentares do Congresso a ajudá-lo a reerguer e libertar o país “do jugo da corrupção, da criminalidade, da responsabilidade e da submissão ideológica”.
“Vamos unir o povo, valorizar a família, respeitar as religiões e as nossas tradições judaico-cristãs, combater a ideologia de gênero, conservando nossos valores. O Brasil voltará a ser um país livre das amarras ideológicas. Pretendo partilhar o poder de forma progressiva, responsável e consciente. De Brasília para o Brasil, do poder central para estados e municípios”, declarou.
Bolsonaro iniciou o discurso agradecendo “a Deus por estar vivo” e à Santa Casa de Juiz de Fora, onde foi atendido após ter sofrido facada em um atentado durante a campanha eleitoral.
A sessão
A sessão, no plenário da Câmara, foi conduzida pelo presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira (MDB-CE). Compuseram a mesa, além de Bolsonaro, o vice-presidente eleito Hamilton Mourão; o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli; a procuradora-geral da República, Raquel Dodge; o vice-presidente do Congresso, deputado Fabio Ramalho (MDB-MG); e o primeiro-secretário da Mesa do Congresso, deputado Giacobo (PR-PR).
Antes de Bolsonaro e Mourão prestarem o compromisso constitucional, os presentes cantaram o Hino Nacional, executado pela Banda dos Fuzileiros Navais.
“Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”, afirmaram ao fazer o juramento.
Às 15h10, Eunício Oliveira declarou os dois empossados para o período 2019-2022 e em seguikda o primeiro-secretário do Congresso, deputado Giacobo, leu o termo de posse. Às 15h15, Bolsonaro e Mourão assinaram o termo de posse.
*Informações G1