Síria sob nova direção após fuga de Assad
O presidente Bashar al-Assad deixou o poder na Síria após 24 anos de regime, marcado pela ofensiva decisiva de grupos rebeldes. Em 7 de dezembro de 2024, Assad fugiu de Damasco, enquanto os rebeldes assumiram o controle total da capital no dia seguinte. A ação, liderada pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), encerra mais de meio século de domínio da família al-Assad no país.
Cidades estratégicas como Aleppo e Hama foram capturadas nas últimas semanas, enfraquecendo significativamente as forças governamentais. Em celebração, cidadãos sírios em Damasco derrubaram estátuas de Hafez al-Assad, pai de Bashar, num gesto simbólico de ruptura com o passado.
Reações internacionais e busca por estabilidade
Com o governo Assad derrubado, a comunidade internacional alerta para o risco de escalada de violência e um vazio de poder. Líderes mundiais destacam a necessidade de uma solução política inclusiva, alinhada à Resolução 2254 do Conselho de Segurança da ONU, que defende um processo liderado pelos sírios.
O primeiro-ministro sírio, Mohammad Ghazi al-Jalali, afirmou que permanecerá no país para trabalhar em uma transição pacífica e colaborativa. Enquanto isso, relatos indicam que Bashar al-Assad teria deixado a Síria, possivelmente em direção à Rússia ou ao Irã, mas seu paradeiro permanece desconhecido.
Incertezas e desafios para o futuro
Com Damasco sob controle rebelde, a Síria enfrenta profundas incertezas. Há relatos de saques em propriedades ligadas ao antigo regime e libertação de prisioneiros políticos. A situação requer rápida articulação entre as diversas facções para negociar um governo estável, evitando um novo ciclo de conflito sectário.
A ONU e organizações internacionais defendem que o processo de reconstrução nacional deve ser inclusivo e focado nos direitos humanos. O apoio global será fundamental para garantir uma transição pacífica e evitar o retorno da instabilidade ao país.
O futuro da Síria, portanto, depende da capacidade de unir seus diversos setores políticos e sociais em torno de um plano que garanta a reconciliação, estabilidade e reconstrução. O papel da comunidade internacional será crucial nesse delicado momento.