quarta-feira, abril 30, 2025
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O MDB volta a ser o maior partido do Brasil

Confira a coluna do jornalista André de Lazzari

Foto: Jornalista André Lazzari

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Com os resultados das eleições municipais no Brasil ontem (27), o MDB volta a ser o maior partido do país. Em 2008, conforme o site Poder 360, o partido conseguiu ganhar prefeituras suficientes para governar sobre 28,4 milhões de eleitores, liderando a disputa entre as siglas. Em 2012, o PT venceu as eleições municipais, com 27 milhões de eleitores governados. O efeito do impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016 levou o PSDB a governar 34,6 milhões de eleitores após as eleições municipais daquele ano.

No último pleito local, em 2020, o PSDB manteve a liderança, conquistando o governo sobre 24,8 milhões de eleitores. Mas neste ano, o partido de Aécio Neves derreteu, e governará apenas 6,3 milhões de eleitores nas prefeituras. O MDB manteve uma estabilidade dentro dos grandes partidos, sendo que em 2020 teve o pior desempenho, com a conquista de municípios que somam 19 milhões de eleitores.

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As eleições de ontem foram decisivas para o 15. Confirmando a reeleição de Ricardo Nunes na cidade de São Paulo, faltavam para o MDB alguns resultados positivos no interior para, numa disputa acirrada com o PSD, reconquistar o posto que havia ocupado pela última vez há 16 anos. Excluídos os 38 municípios com resultados anulados sub judice, o MDB confirmou ontem que governará em prefeituras que somam 27,9 milhões de eleitores, contra 27,7 milhões do PSD.

Em comparação a 2020, o MDB governará 46,6% de eleitores a mais, já o PSD teve um aumento de 61,7% no total de eleitores a governar nas prefeituras. Isso demonstra o papel decisivo que os dois partidos terão na articulação para as eleições presidenciais de 2026. Gilberto Kassab, presidente do PSD, já anunciou que quer Ratinho Júnior, governador do Paraná, como candidato ao Planalto pelo partido. Ricardo Nunes assinalou ontem apoio a uma candidatura presidencial de Tarcísio de Freitas (REP), governador de São Paulo.

PT x PL? Nem tanto assim…
A rivalidade constatada nas eleições presidenciais de 2022 não foi refletida nas urnas nestas eleições municipais, apesar da direita, visivelmente, ter conquistado mais votos e prefeituras do que a esquerda. Mas a polarização entre os partidos do presidente Lula e do ex-presidente Bolsonaro ocorreu apenas em alguns locais, e uma reedição da emoção de dois anos atrás foi vivida em Fortaleza, capital do Ceará, onde Evandro Leitão (PT) ganhou a eleição contra André Fernandes (PL) por apenas 0,76% de diferença.

Em 2020, o PT governava em prefeituras sobre 4,4 milhões de eleitores. A partir de janeiro, passa a governar 7,6 milhões de eleitores, obtendo um crescimento considerável. O PL deu um salto, passando de 6,6 milhões para 19 milhões de eleitores sob governos municipais. Em 2020, Bolsonaro ainda estava no antigo PSL, que depois faria a fusão com o Democratas para criar o União Brasil, que perdeu um pouco da força, caindo de 19,6 milhões de eleitores governados em 2020 para 16,9 milhões neste ano.

O PL se consolida como o terceiro partido do país em eleitores governados, e o União Brasil fica em quarto lugar. O PP cresceu, passando de 12,4 milhões de eleitores em 2020 para 15,1 milhões em 2024, um resultado histórico para o partido. Novo recorde também para o Republicanos, que dobrou o número de eleitores governados entre 2020 e 2024: de 5,3 milhões para 10,6 milhões.

Recadinhos

  • No Uruguai, haverá segundo turno para as eleições presidenciais. Yamandú Orsi, da Frente Ampla de esquerda, chegou aos 43,9% dos votos, contra 26,8% de Álvaro Delgado, do Partido Nacional, de centro-direita.
  • A coalizão de governo liderada pelo Partido Nacional, com o atual presidente Luis Lacalle Pou, somou 47,1% dos votos na eleição presidencial, o que indica vantagem para Delgado no segundo turno.
  • No Chile, das 16 regiões do país, 11 vão ter segundo turno para governador. Os prefeitos dos 346 municípios do país foram decididos ontem. Por lá, não tem segundo turno para alcaide.
  • A próxima eleição no calendário é nada menos do que as eleições gerais dos Estados Unidos, marcadas para 5 de novembro. O segundo turno das eleições chilenas e uruguaias estão programadas para 24 de novembro.
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