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Impactos da revisão do PIB no Oeste de SC: Oportunidades e desafios econômicos para a região

Confira a coluna do Doutor em Ciências Contábeis e Administração, Givanildo Silva

Foto: Givanildo Silva | Doutor em Ciências Contábeis e Administração

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O recente relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) trouxe uma boa notícia para o Brasil: a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024 foi revisada para 3%, ante os 2,1% esperados anteriormente. Esse aumento reflete o fortalecimento da economia nacional, que supera expectativas e ganha destaque no cenário internacional. Entretanto, a inflação e as elevadas taxas de juros continuam sendo preocupações que podem frear esse avanço, com impactos específicos para as regiões brasileiras, como o Oeste de Santa Catarina.

O Oeste Catarinense e o crescimento econômico

A revisão positiva do crescimento do PIB é impulsionada por fatores como o aumento do consumo privado, os investimentos em infraestrutura e a criação de empregos, que tiveram um papel fundamental em fortalecer a economia nacional. Para o Oeste de SC, uma região altamente dependente do setor agroindustrial e de serviços, o crescimento econômico do país traz uma série de oportunidades. A recuperação do poder de compra das famílias, aliado ao fortalecimento do mercado de trabalho, pode beneficiar a indústria de alimentos, que é um dos motores econômicos da região.

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Empresas do setor de carnes, grãos e derivados, como BRF e Cooperativa Aurora, que possuem operações robustas na região, podem se beneficiar da expansão do consumo interno e externo. Um cenário de crescimento gera demanda, o que pode resultar em novos investimentos e ampliação da capacidade produtiva.

Inflação e taxa de juros: Um freio no crescimento?

Apesar do otimismo em relação ao PIB, a inflação e os juros altos ainda são preocupações significativas. A taxa básica de juros, atualmente em 10,75%, continua elevada, o que encarece o crédito e reduz a capacidade de investimento para empresas da região. No Oeste catarinense, onde muitas pequenas e médias empresas dependem de financiamentos para expandir suas operações, as altas taxas de juros podem limitar o crescimento. O agronegócio, que muitas vezes recorre ao crédito rural para financiar a produção, também enfrenta desafios, já que os custos de operação aumentam, impactando a rentabilidade.

Além disso, a inflação, que pressiona o custo de insumos e serviços, pode gerar uma desaceleração no poder de compra das famílias, afetando o consumo local. Com o aumento dos preços, o impacto é sentido diretamente em setores como o de alimentos e combustíveis, elementos essenciais para o dia a dia da população da região.

Impactos locais: A recuperação após as enchentes

O FMI destacou que, no Rio Grande do Sul, as enchentes tiveram um impacto menor do que o esperado, permitindo uma recuperação mais rápida da economia local. No Oeste de Santa Catarina, embora as enchentes não tenham sido tão severas como no estado vizinho, os eventos climáticos dos últimos anos mostraram a importância de um planejamento de infraestrutura mais robusto para mitigar desastres naturais. Isso se alinha à necessidade de investimentos em tecnologia e gestão de risco, aspectos que podem se beneficiar do cenário de crescimento econômico projetado.

Perspectivas para 2025

Apesar do crescimento revisado para 2024, as previsões para 2025 são menos otimistas, com o FMI ajustando o crescimento esperado para 2,2%. A necessidade de manter juros altos para controlar a inflação pode resultar em um arrefecimento da economia, afetando o mercado de trabalho e o ritmo de crescimento em regiões como o Oeste catarinense. As empresas podem adotar uma postura mais cautelosa, adiando planos de expansão e novos investimentos, caso as condições de crédito não melhorem.

O papel da diversificação econômica no Oeste Catarinense

Com a perspectiva de um crescimento desacelerado em 2025, torna-se cada vez mais importante para o Oeste de SC diversificar sua economia. Além do agronegócio, há espaço para o desenvolvimento de setores como o de tecnologia e inovação, que já despontam em cidades como Chapecó. A implementação de políticas públicas que incentivem o empreendedorismo e a inovação pode ajudar a mitigar os efeitos de uma possível desaceleração econômica.

PIB, inflação e juros altos

A revisão do PIB para 2024 é uma boa notícia para o Brasil e para o Oeste catarinense, que poderá se beneficiar da retomada econômica nacional. No entanto, a alta inflação e as elevadas taxas de juros podem frear o avanço, exigindo estratégias de mitigação, especialmente para as pequenas e médias empresas da região. O desafio para 2025 será manter o ritmo de crescimento em meio a um cenário de juros altos, o que demanda um esforço conjunto entre governo, empresas e a sociedade para estimular a diversificação e a resiliência econômica da região.

 

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