A eliminação de Portugal no Mundial de Futsal 2024 ficará marcada como uma das mais dolorosas da história recente da Seleção Nacional. A derrota por 2 a 1 para o Cazaquistão, nas oitavas de final, veio com um gol decisivo a apenas 14 segundos do fim, encerrando de forma abrupta a trajetória portuguesa no torneio.
Domínio inicial e reação intensa
Desde o apito inicial, Portugal entrou em quadra mostrando confiança e buscando o controle do jogo. A equipe comandada por Jorge Braz impôs seu ritmo, com maior posse de bola e criando diversas chances de abrir o placar. Contudo, foi o Cazaquistão que surpreendeu, marcando primeiro aos 11 minutos, em uma jogada bem trabalhada de lateral que culminou no gol de Chingiz Yesenamanov.
Mesmo com o gol sofrido, Portugal não se intimidou e manteve a pressão. Logo no início da segunda etapa, Zicky Té, em cobrança de falta cobrada por Bruno Coelho, empatou para os portugueses, reacendendo as esperanças de uma virada. A equipe lusa intensificou ainda mais seu jogo ofensivo, mas esbarrou na sólida defesa adversária.
Equilíbrio tático e tensão no fim
Com o empate, o jogo tornou-se ainda mais disputado. Portugal insistia nas jogadas rápidas e na movimentação constante, tentando superar a defesa cazaque. O Cazaquistão, por sua vez, apostou no goleiro-linha, estratégia que dificultou a marcação portuguesa e proporcionou mais posse de bola aos adversários. O goleiro Higuita foi um dos destaques, com defesas espetaculares que frustraram várias tentativas de Portugal.
O cenário se manteve equilibrado até os últimos instantes, quando, em uma das raras investidas ofensivas do Cazaquistão, Dauren Tursagulov marcou o gol da vitória a apenas 14 segundos do fim. A seleção portuguesa ainda tentou reagir nos últimos momentos, mas já era tarde demais. Um gol de Portugal, marcado após o apito final, foi anulado, confirmando a eliminação.
Desapontamento e análise pós-jogo
A derrota teve um impacto significativo para a Seleção Nacional, que vinha como uma das favoritas ao título após uma campanha sólida. Para o técnico Jorge Braz, o desempenho da equipe foi motivo de orgulho, apesar do resultado decepcionante. Ele elogiou a postura dos jogadores, mas reconheceu que o time precisará rever algumas estratégias para os próximos torneios.
Futuro incerto e lições a serem aprendidas
Com a eliminação, o Cazaquistão avança para as quartas de final e aguardará o vencedor de Argentina e Croácia. Já Portugal inicia um novo ciclo de reconstrução, com a necessidade de ajustes para retornar ao topo do futsal mundial. A equipe demonstrou qualidade, mas a eliminação precoce servirá de alerta para a necessidade de maior precisão ofensiva e adaptação às táticas de adversários que utilizam o goleiro-linha.
O sonho de defender o título mundial conquistado na edição passada chegou ao fim de forma amarga, mas a seleção lusa segue em busca de novas glórias e de aprender com os erros deste torneio.