sábado, dezembro 21, 2024
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Fumaça das queimadas na Amazônia e Brasil Central volta a impactar Santa Catarina

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Foto: SDC/SC e Cptec-inpe

A Defesa Civil divulgou na última terça-feira (04), uma nota meteorológica sobre as fumaças das queimadas na Amazônia e Brasil Central, que voltaram a impactar Santa Catarina. Conforme o órgão estadual, é um fenômeno esperado, devido ao regime de chuvas que alterna entre uma estação seca (outono e inverno) e uma estação chuvosa (primavera e verão). No entanto, em 2024, presenciamos um crescimento expressivo dessas ocorrências, que pode ser atribuído à influência do fenômeno El Niño. Esse fenômeno climático intensificou as chuvas no Sul do Brasil, enquanto reduziu as precipitações em outras regiões, como a Amazônia e o Centro-Oeste, justamente no período em que o volume de chuvas deveria ser maior. Em outras palavras, a última estação chuvosa na região central do país foi mais seca do que o normal, o que agravou as condições para a ocorrência de queimadas.

Confira a nota

NOTA METEOROLÓGICA SDC/SC 03/09 N° 080 – Fumaça das queimadas na Amazônia e Brasil Central voltam a impactar Santa Catarina

Nesta época do ano, o aumento das queimadas nas regiões amazônica e central do Brasil é um fenômeno esperado, devido ao regime de chuvas que alterna entre uma estação seca (outono e inverno) e uma estação chuvosa (primavera e verão). No entanto, em 2024, estamos presenciando um crescimento expressivo dessas ocorrências, que pode ser atribuído à influência do fenômeno El Niño. Esse fenômeno climático intensificou as chuvas no Sul do Brasil, enquanto reduziu as precipitações em outras regiões, como a Amazônia e o Centro-Oeste, justamente no período em que o volume de chuvas deveria ser maior. Em outras palavras, a última estação chuvosa na região central do país foi mais seca do que o normal, o que agravou as condições para a ocorrência de queimadas.

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Essa explicação é importante porque estamos vivenciando vários dias com forte presença de fumaça na Região Sul, mesmo sem muitas queimadas locais. Esse fenômeno ocorre devido ao transporte de fumaça das queimadas nas regiões amazônica e central do Brasil, trazida pelos ventos de norte, especialmente pelo Jato de Baixos Níveis (JBN), conhecido também como fluxo de calor e umidade da Amazônia. Esse transporte é intensificado em condições pré-frontais, ou seja, nos dias que antecedem a chegada de frentes frias ao Sul do Brasil, quando o fluxo de ar quente e úmido se intensifica.

Aqui em Santa Catarina, a fumaça tem sido visível a olho nu, especialmente durante o entardecer e o nascer do sol, quando o céu assume uma coloração avermelhada (Figura 1A). Além disso, imagens de satélite também capturam essa concentração de fumaça na região (Figura 1B). A presença de fumaça pode prejudicar a visibilidade e afetar a qualidade do ar, o que torna o monitoramento contínuo essencial.

Nos próximos dias, a passagem de uma frente fria pelo estado, entre a noite de quarta-feira (04) e quinta-feira (05), deve reduzir temporariamente a concentração de fumaça, devido à chuva e à mudança na direção dos ventos para o sul, com a chegada de uma massa de ar mais seco e frio. No entanto, a partir de sexta-feira (06) e durante o fim de semana, os ventos devem voltar a soprar do norte, trazendo novamente a fumaça para Santa Catarina. A longo prazo, a presença de fumaça persistirá até que as queimadas nas regiões afetadas sejam controladas ou até o retorno da estação chuvosa, entre a primavera e o verão.

Enquanto isso, é recomendável beber bastante água e ficar atento a possíveis sintomas de irritação respiratória, como tosse, dificuldade para respirar e irritação nos olhos, principalmente para as populações mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas.

Figura 1: Fotografia do entardecer em Florianópolis (A) e imagem do satélite Goes-16, no dia 03/09/2024. Fonte: SDC/SC e Cptec-inpe.

#DEFESA CIVIL, SOMOS TODOS NÓS.

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