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Chapecó: 276 mil corações! 276 mil cabeças?

Confira a coluna do jornalista André de Lazzari

Foto: Jornalista André Lazzari

A estimativa populacional realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira (30/08), nos deixou muitos alertas ligados. Chapecó recebeu nada menos do que 21 mil novos habitantes em apenas dois anos! Somos 276 mil pessoas nesta terra de onde se avista o caminho da roça, como diria o significado do nome de nosso município.

A Prefeitura de Chapecó divulgou, no mesmo dia 30, uma nova estimativa municipal de imigrantes: agora são 20 mil as pessoas que vieram de outros países para morar aqui, sendo cerca de 3.500 apenas neste ano. O resto do impulso populacional vem pelo saldo positivo do cálculo de nascimentos e falecimentos, e a migração nacional de pessoas que chegam de outros Estados do Brasil para morar na capital do Oeste catarinense.

Vários amigos me questionaram se esses números não estão subestimados. Muitos acreditam que já somos mais de 300 mil. Mas atendo aos dados oficiais, que inclusive definem os repasses federais e estaduais aos municípios, conforme determinação legal, precisamos pensar em algo que vale para as eleições e para a vida.

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Somos 276 mil corações nesta terra. Temos emoção de viver em Chapecó, seja ela boa ou ruim. Muitos colocam o nome do nosso município como sinônimo da palavra “recomeço”. Para um chapecoense nativo, como eu, isso tem muito significado, emociona. Mas fica a pergunta: será que esses 276 mil habitantes também são racionais? Como eles pensam os problemas da cidade e do interior?

Estas 276 mil cabeças precisam estar ativas. Dos bebês aos mais idosos, todos precisam fomentar, no tempo e nas condições de cada um, o exercício de estudar e pensar com sabedoria sobre o lugar onde vivem. Precisamos nos instruir sobre nossos deveres antes de pensar nos direitos. Fazendo isso, vamos olhar com outros olhos para as propostas e promessas que estão sendo feitas nesta campanha eleitoral.

Outra questão importante é pensar em quem não tem o direito ao voto. São 119 mil habitantes, incluindo os 20 mil imigrantes e a maioria dos migrantes nacionais, que não transferiram o título a tempo. Essa é uma proporção histórica para Chapecó: é a menor proporção de direito ao voto em décadas, abrangendo apenas 56,9% da população.

Qual vai ser o abnegado eleitor que pensará nessa grande parcela da população, que obviamente inclui todas as crianças e adolescentes até 16 anos, que não tem direito a votar? Quem vai ser o pai ou a mãe que vai perguntar para o filho o que ele queria ver de melhora na escola municipal ou CEIM onde estuda?

Quem vai ter a coragem de pensar na melhoria de serviços públicos para os imigrantes, que por consequência, beneficiariam o resto da comunidade local? Ou, de novo, vamos pensar apenas no nosso umbigo? Quem faz uma eleição ser especial não são os candidatos, e sim o eleitor. Por isso, reflita a importância que tem o seu voto no dia 6 de outubro.

Recadinhos
Geraldo Santin (NOVO) foi o primeiro candidato a vice-prefeito de Chapecó a ser sabatinado pela equipe eleitoral da Condá FM hoje (2).


Para mim, infelizmente, ele não foi bem. Confessou no ar que não estudou suficientemente o plano de governo da própria chapa que integra.


Entretanto, é importante aqui citar a honestidade e os bons serviços prestados durante toda a carreira no setor privado, e também a participação dele no setor de compras da Prefeitura durante o governo de Luciano Buligon.


Cabe também elogiar a disposição de Geraldo em disputar estas eleições aos 74 anos de idade, com muita saúde e interesse em participar do debate público.

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