quarta-feira, janeiro 15, 2025
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ONU aprova proposta que poderá reforçar o enfrentamento a crimes cibernéticos

Convenção das Nações Unidas propõe criar canal global de pedidos de assistência mútua entre os países. Proposta segue para votação na Assembleia Geral

Foto: FreePik

A missão mundial de expandir os mecanismos e os canais de cooperação de combate ao crime cibernético organizado ganhou novo impulso no início do mês. O Comitê de Cibercrime da Organização das Nações Unidas (ONU), aprovou, em Nova Iorque (EUA), em 8 de agosto, o texto final da Convenção da ONU contra Crimes Cibernéticos.

A proposta da nova convenção amplia os instrumentos de combate aos crimes cibernéticos e cria um canal global célere e seguro para a tramitação dos pedidos de assistência mútua. O texto seguirá para apreciação da Assembleia Geral, que ocorrerá até o fim deste ano.

O Brasil atuou como vice-presidente do comitê negociador da convenção. O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), autoridade central brasileira de cooperação jurídica internacional, participou ativamente das sessões para discussão do novo instrumento por meio de representantes da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus).

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“Crimes como tráfico de pessoas, contrabando de migrantes, pedofilia, estelionato e lavagem de dinheiro utilizam diversas tecnologias e a internet. O cibercrime ultrapassa as fronteiras geográficas dos países e essa convenção vai contribuir para a cooperação e a colaboração entre os países no seu enfrentamento”, avalia o secretário Nacional de Justiça, Jean Keiji Uema.

A coordenadora-geral de Tratados e Foros Internacionais da Senajus, Patrícia Lamego Teixeira Soares, representou o MJSP na sessão da ONU em Nova Iorque. Representantes da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e do Ministério das Relações Exteriores também tiveram papel de destaque na construção de consensos do texto aprovado em 8 de agosto.

TEXTO DA CONVENÇÃO – O novo instrumento deverá servir também como base normativa aos países que não têm legislação nacional. O texto aprovado alerta que as nações estão preocupadas com a utilização de sistemas de tecnologias de informação e comunicação pelos criminosos e que isso impacta na rapidez de práticas de crimes como: organizado transnacional, terrorismo, contrabando de migrantes, produção ilícita armas de fogo, peças e munições e tráfico de pessoas, de drogas e de bens culturais.

A proposta de convenção contra crimes cibernéticos inclui recursos para “aprimorar a cooperação internacional, os esforços de aplicação da lei, a assistência técnica e a capacitação” para o enfrentamento dos delitos.

OUTROS INSTRUMENTOS – O texto da Convenção da ONU contra Crimes Cibernéticos, aprovado em 8 de agosto, está em consonância com o processo de adesão do Brasil à Convenção de Budapeste sobre Crimes Cibernéticos do Conselho da Europa, aprovada pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo nº 37/2021, e promulgada pelo Decreto nº 11.491/2023.

O MJSP, por meio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, da Senajus, é a autoridade central brasileira para a convenção de Budapeste.

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