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Estamos a caminho de uma nova Venezuela?

Confira a coluna do jornalista André de Lazzari:

Foto: Divulgação

Continuamos abordando o processo eleitoral do próximo dia 28 de julho, em que, conforme a coluna que escrevi ontem, tem como franco favorito para ganhar a disputa pela presidência da Venezuela o senhor Edmundo González, a ponto de se considerar a ocorrência da quarta fraude eleitoral seguida no país se qualquer resultado oficial não for a vitória da oposição ao regime socialista que governa o país há 25 anos.

Alexander Aragol, venezuelano que mora em Chapecó, escreveu um extenso artigo sobre a conjuntura atual da diáspora venezuelana, que no Brasil terá muitas dificuldades para votar. Conforme ele, apenas algumas centenas de imigrantes que vivem na região do Distrito Federal poderão exercer o direito ao voto. Dos 15 mil venezuelanos que moram em Chapecó, praticamente ninguém vai votar.

Com a estimativa de 7 a 8 milhões de venezuelanos fugidos do país pelo colapso vivido após a eleição de Nicolás Maduro, em 2013, com o pico vivido entre 2018 e 2022, o órgão eleitoral venezuelano fechou o padrão do voto no exterior com apenas 69 mil inscritos. O motivo alegado pelos imigrantes foi a burocracia imposta pelas embaixadas e consulados, o que foi motivo de preocupação por parte da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Para mim, de forma bem clara, o governo socialista não quer que o imigrante vote, porque sabe o rechaço majoritário da diáspora à Maduro.

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Vitória da oposição = oportunidade
Aragol opinou a favor de uma vitória de Edmundo González: “Se Nicolás Maduro for derrotado nas próximas eleições, muitos imigrantes venezuelanos poderiam ver isto como uma oportunidade para o renascimento do país. Esta mudança de liderança poderá significar a abertura de novas possibilidades para a reconstrução da Venezuela, tanto econômica como socialmente”.

Para Alexander, o fim do governo socialista representa um apelo do próprio eleitor a contribuir direta ou indiretamente para o desenvolvimento de uma nova Venezuela: “A diáspora venezuelana, que acumulou experiências e conhecimentos em vários países, tem potencial para ser um motor crucial para a recuperação e o progresso do país. A visão global e as competências adquiridas poderão ser valiosas na implementação de novas políticas, no desenvolvimento de infra-estruturas e na revitalização da economia”.

Se houver, a transição será complexa
Aragol faz uma análise com os pés no chão, afirmando que se as eleições tiverem um resultado oficial pró-oposição, e forem aceitas por Maduro, se iniciará um processo de transição bem complexo. Para ele, as prioridades de um possível governo de González deveriam ser reformas econômicas, restabelecimento de serviços básicos, fortalecimento das instituições democráticas e a reintegração da diáspora venezuelana.

Alexander conclui defendendo que o imigrante tem, independentemente do resultado eleitoral, papel fundamental na reconstrução da Venezuela: “É fundamental que os imigrantes venezuelanos compreendam que a experiência e conhecimentos adquiridos no estrangeiro podem ser vitais para a reconstrução do país”.

Entretanto, acredito que esse papel só poderá ser efetivamente desempenhado com uma vitória da oposição no próximo dia 28. Não há outra saída imediata. Lamentemos que nossos vizinhos de casa, de bairro, que vieram para Chapecó e região a fim de reconstruir a vida, não possam ter a voz que deveriam ter nestas eleições; e sejamos corteses com esta comunidade, que tem um perfil trabalhador na imensa maioria dos integrantes.

Recadinhos
Os golpes continuam correndo na praça, e tirando muito dinheiro de gente que, simplesmente, não se cuida.
Um amigo meu teve o desprazer de ver a vó perdendo quase R$ 20 mil em um golpe envolvendo a clonagem do número de telefone da própria filha.
O estelionatário agiu ontem, gerando boletos bancários em nome de familiares desta senhora, moradora de Xanxerê, que pagou um a um os documentos, e quando percebeu o golpe, já tinha perdido o dinheiro.
O bandido fez uma ampla coleta de dados dos familiares dela, foi minucioso. A Polícia Civil vai investigar o caso.

Nestas horas, dentro do seio familiar, a calma e o acolhimento são fundamentais para o exercício da sabedoria no momento do aperto.

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