A Câmara dos Deputados aprovou em dois turnos nesta quinta-feira (11) a Proposta de Emenda à Constituição 9/2023, apelidada de “PEC da Anistia”, que propõe a criação de uma espécie de refinanciamento de dívidas para partidos políticos, e aos institutos ou fundações de cada agremiação partidária, a fim de regularizarem os débitos com isenção dos juros e multas acumulados, aplicando-se apenas a correção monetária sobre os montantes originais. A PEC será enviada ao Senado.
No Sala de Debates desta sexta-feira (12), estive entrevistando a deputada federal Daniela Reinehr (PL), e erroneamente afirmei que ela havia votado a favor dessa PEC. Na verdade, ela, assim como os demais colegas do partido (Caroline de Toni, Daniel Freitas, Júlia Zanatta e Zé Trovão) votaram contra o projeto. Esse entendimento também foi seguido pelos deputados Gilson Marques (Novo) e Valdir Cobalchini (MDB).
Votaram a favor da PEC os deputados catarinenses Ana Paula Lima (PT), Carla Ayres (PT), Carlos Chiodini (MDB), Darci de Matos (PSD), Fabio Schiochet (União), Ismael dos Santos (PSD), Jorge Goetten (Republicanos) e Rafael Pezenti (MDB). A deputada Carmen Zanotto (Cidadania) não compareceu à sessão. Portanto, o placar de Santa Catarina foi de 8 x 7 a favor do projeto.
Daniela votou a favor da PEC 44/2023, que também foi pautada na sessão da quinta-feira na Câmara dos Deputados, assim como os demais deputados catarinenses presentes na sessão. Ela trata da reserva de 5% das emendas parlamentares para prevenção de desastres. Na hora de visualizar as votações, ao vivo na rádio, acabei abrindo a planilha errada no computador e afirmando um posicionamento que é correspondente a este segundo projeto. Peço perdão à parlamentar pelo equívoco.
Entretanto, é importante mencionar que Daniela reconheceu que havia jabutis (textos legislativos inseridos em um projeto que não tem a ver com a proposta em pauta) na PEC da Anistia, principalmente no que se refere aos recibos quando o dinheiro vier de doação do Fundo Eleitoral e/ou do Fundo Partidário por meio de transferência bancária feita pelo partido a candidatos. O projeto dispensa a emissão desse recibo! Quem votou a favor certamente será cobrado pelo eleitor. E se caiu no jabuti, azar, vai ser cobrado igualmente.
É difícil ser motorista em Chapecó
A seção de enquetes do ClicRDC, “O Clic Quer Saber”, é um barato. Aqui você consegue enxergar muita coisa errada que temos em nossa sociedade. Inclusive, o nome da seção fui eu que propus em 2022, quando era repórter do portal. E na semana passada, nossos internautas opinaram sobre o trânsito em Chapecó, afirmando que a maioria dos motoristas não respeitam a sinalização de trânsito e dirigem de forma perigosa.
Mas eu não tenho dúvida de que um desses motoristas votou na opção ganhadora! Porque? Não faz uma autoavaliação da própria conduta. É honroso admitir que você é um mau motorista, que você precisa ir fazer reciclagem, que terá de economizar nas festas ou cancelar a viagem de férias para pagar um curso do tipo. Aliás, isso deveria ser aplaudido. A falta de humildade e sinceridade precede o mau comportamento de muitos condutores.
Recadinhos
- Daniela Reinehr segue à disposição do PL para uma possível disputa à Prefeitura de Chapecó, mas ela prefere continuar sendo deputada federal
- Ela defende que o partido tenha uma candidatura à majoritária pelo fato de facilitar a disputa no Legislativo, aumentando as chances do 22 ter mais cadeiras na Câmara de Vereadores
- A parlamentar afirma que Jorginho Mello estará diretamente envolvido nas negociações, e um sinal é a mudança de data da convenção do PSD: passou para o sábado, 3 de agosto, às 16h, em local a ser definido
- Definitivamente, todos os partidos médios e grandes em Chapecó estão na mesa, dispostos a conversar. Um cenário que parecia sólido no início do ano começa a mexer de forma interessante. O tempo dirá no que vai dar.
