Na tarde desta terça-feira (25), durante o programa ‘Resenha Nota 10’, da rádio Condá FM, Alex Passos, presidente da Associação Chapecoense de Futebol, concedeu uma entrevista, onde abordou diversas questões sobre o clube. Na conversa, o presidente do Verdão falou sobre o desempenho do clube no Campeonato Brasileiro Série B, lesões de jogadores e a gestão financeira do time.
Desempenho no Campeonato e Lesões de Jogadores
A entrevista seguiu abordando o desempenho da equipe no campeonato, onde Alex Passos enfatizou a necessidade de paciência e entendimento da situação atual. “Faz cinco rodadas que nós não temos centroavante. Temos três centroavantes, todos com lesões seríssimas. Foram lesões de ligamento, e os três estão em tratamento. Você joga cinco rodadas sem centroavante, e o técnico tem que se desdobrar para conseguir resultados”, explicou.
Ele também elogiou o trabalho do técnico Umberto Louzer, destacando que ele é o nono técnico desde que Alex Passos está na Chapecoense e que nenhum trabalha tanto quanto Umberto. “O Umberto trabalha exaustivamente. Ele deu mostras de ser um cara diferenciado na questão de trabalho.”
Gestão Financeira e Responsabilidade
Alex Passos ressaltou a importância de uma gestão financeira responsável. “Hoje, temos R$ 540 mil por mês no departamento médico, num orçamento de R$ 1.700.000. Quase 30% do nosso orçamento está no departamento médico. Estão lá por lesões ligamentares. São os revés do futebol, e a gente tem que entender isso”, afirmou.
O presidente foi enfático ao dizer que a Chapecoense não pode se dar ao luxo de fazer contratações irresponsáveis que possam comprometer o futuro financeiro do clube. “Nós temos o pé no chão, e temos uma obrigação para com o conselho deliberativo da Chapecoense de gerir as contas de forma responsável. Não vamos dar um passo fora do orçamento, porque isso pode comprometer o clube no futuro.”
Reforços e o Mercado de Contratações
Sobre reforços, Alex Passos mencionou as dificuldades enfrentadas no mercado de contratações, destacando a alta dos salários na Série B. “O salário de Série B, que era R$ 30 mil, hoje é R$ 100 mil. Estamos olhando para o mercado sul-americano, que é mais barato e tem jogadores que querem vir para o Brasil.”
Ele ainda explicou os desafios de contratar jogadores pela Lei Pelé, que exige o pagamento integral do contrato caso o jogador não se adapte. “Futebol tem muito uma palavra que eu aprendi que chama-se encaixe. Se não tem encaixe, não adianta. Você tem que ficar com o jogador até o fim do contrato.”
Conclusão
Alex Passos finalizou a entrevista reafirmando o compromisso da diretoria com uma gestão responsável e focada em construir um clube forte e representativo para a região. “Nós vamos ter a resiliência de entender o momento, buscar as peças que precisamos dentro do nosso orçamento. Com o advento das ligas, os clubes foram irrigados com muito dinheiro, mas precisamos ser responsáveis para garantir o futuro da Chapecoense.”
A entrevista de Alex Passos deixou claro que, apesar das dificuldades, a diretoria da Chapecoense está empenhada em superar os desafios e continuar trabalhando para o crescimento e a estabilidade do clube.