O câncer de mama é o segundo câncer mais comum em mulheres a escala mundial, no Brasil, excluindo o câncer de pele “não melanoma” é o câncer mais frequente em mulheres em todo o território nacional, com uma incidência anual maior do que 73 mil novos casos de câncer de mama no Brasil.
Existem fatores relacionados com a redução do risco de câncer de mama?
Sim, os fatores mais comumente relacionados com redução do risco de câncer de mama são o aleitamento materno, realização de atividades físicas frequentes, manter peso adequado e dieta saudável com baixo teor de gordura, principalmente pós-menopausa.
Existem fatores relacionados com o aumento do risco de câncer de mama?
Sim, vários fatores podem estar relacionados com o aumento de risco para câncer de mama, isso inclui a idade, ou seja, quanto mais envelhecemos mais risco para câncer de mama teremos; outro fator é o sexo biológico feminino, porque os homens também podem ter câncer de mama, porém, o câncer de mama feminino é 100 vezes mais comum do que o câncer de mama masculino; o uso de contraceptivos está associado ao aumento de risco para câncer de mama, no entanto, esse risco fica perto do risco da população geral de 2 a 5 anos após a suspensão do uso de contraceptivos; a terapia hormonal combinada na menopausa está associada com aumento de risco de câncer de mama, principalmente o receptor hormonal; outros fatores associados ao aumento do risco de câncer de mama são menarca (primeiro ciclo menstrual) precoce, nuliparidade e aumento da idade materna na primeira gestação; o hábito de fumar e o uso de bebidas alcoólicas estão associados ao aumento de risco de vários processos oncológicos e isso inclui também o risco para câncer de mama
Existem fatores genéticos relacionados com o aumento do risco para câncer de mama?
Sim, estima-se que de 5-10% dos casos de câncer de mama estão relacionados com alterações genéticas hereditárias (mutações), os genes mais comumente relacionados com câncer de mama hereditário são os genes BRCA1 e BRCA2.
Quando é indicado realizar uma investigação genética para identificar se a paciente tem alteração genética relacionada com o câncer de mama?
Existem vários critérios que podem ser isolado ou em conjunto, como câncer de mama em idade jovem, principalmente antes do 45 anos, recorrência de câncer de mama na família, principalmente quando presente em 3 gerações, diagnóstico de câncer de mama masculino (que é muito mais raro do que o câncer de mama feminino), histórico familiar de outros tipos de câncer, como por exemplo, câncer de ovário, próstata, pâncreas e melanoma entre outros.
Como é realizado o rastreamento para câncer de mama?
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda rastreamento com mamografia a partir dos 40 anos de idade, no entanto o rastreamento pode ser indicado a partir dos 30 anos ou antes dependendo do histórico familiar e o riso pessoal (principalmente em portadoras de mutações genéticas), nestes casos o rastreamento pode incluir outros exames como ressonância magnética das mamas.