Santa Catarina registra 17.696 casos prováveis de dengue em 177 municípios catarinenses. Os dados mostram um aumento de 650% em relação ao mesmo período do ano passado. A situação epidemiológica da dengue no estado foi atualizada na tarde desta terça-feira, 20, no informe, que a partir de agora passa a ser semanal. O documento revela que a curva de casos prováveis da doença continua em alta no estado.
Além disso, já foram confirmados oito óbitos pela doença: Joinville (5), Araquari (01) e Itajaí (01) e Itapiranga (01), sendo que outras duas mortes ainda estão em investigação nos municípios de Araquari e Navegantes.
Foram identificados 12.885 focos do Aedes aegypti em 215 municípios, sendo que 155 desses são considerados infestados pelo mosquito.
A incidência acumulada (casos por 100 mil/hab) em 2024 nas regiões de saúde é de: Nordeste (1076,71) Foz do Rio Itajaí (392,93), Médio Vale do Itajaí (287,03), Grande Florianópolis (262,24), Vale do Itapocu (130,48) e o Extremo Oeste (113,06). Apesar da concentração nessas regiões, casos prováveis foram notificados em municípios das 17 regiões de saúde.
:: Confira aqui o informe epidemiológico completo
Casos de chikungunya
Além da dengue, SC já tem 70 casos prováveis de chikungunya. Na comparação com o mesmo período do ano 2023, quando foram notificados 9 casos prováveis, observa-se um aumento de 677,8%.
O superintendente de Vigilância em Saúde, o médico infectologista Fábio Gaudenzi, alerta para os sinais e sintomas da doença, como a febre e dor importante nas articulações. “A chikungunya é uma doença de grande morbidade o que nos preocupa e acende um alerta para que cada vez mais a população fique atenta aos sinais e sintomas e procure uma unidade de saúde rapidamente para realizar o tratamento adequado”, finaliza.
Decreto de emergência
Ainda nessa semana, o Governo do Estado de Santa Catarina deve decretar situação de emergência de saúde pública em todo o território catarinense diante do risco epidemiológico causado pela dengue.
O elevado número de municípios infestados pelo mosquito Aedes aegypti; o elevado número de casos prováveis de dengue notificados quando comparado ao mesmo período de 2023; o registro de óbitos em decorrência da dengue e a ocorrência de eventos que apresentam potencial risco de extrapolação da capacidade de resposta, bem como de saturação do Sistema Único de Saúde (SUS) sob a direção municipal e estadual são as justificativa para que o Governo do Estado lance mão deste instrumento.
A secretária Carmen Zanotto enfatiza a importância de todas as ações necessárias para a organização da rede de serviços de atenção à saúde. “As ações devem facilitar o acesso e o tratamento adequado dos pacientes, a fim de evitar complicações e mortes associadas a essa doença, neste momento de transmissão acelerada de dengue, que pode ser saturar a rede de assistência rapidamente”, finaliza Carmen.