O dia 4 de fevereiro é marcado como o Dia Mundial de Combate ao Câncer, data escolhida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce e prevenção da doença. A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) aproveita a ocasião para destacar a urgência em enfrentar o câncer e os desafios enfrentados no Brasil.
Segundo um levantamento da SBOC, 31% dos oncologistas clínicos entrevistados consideram o diagnóstico tardio como um dos principais problemas para o controle do câncer no país. Além disso, questões como falhas no acesso e qualidade dos exames, falta de campanhas de conscientização e baixa adesão da população aos programas de prevenção são desafios enfrentados.
A presidente da SBOC, Anelisa Coutinho, destaca que a entidade tem buscado ampliar parcerias para auxiliar o governo e demais tomadores de decisão em ações voltadas ao acesso a novas terapias. Além disso, estão sendo promovidas ações de conscientização e prevenção do câncer em eventos e canais de comunicação com a sociedade.
Em uma iniciativa para fortalecer o tratamento do câncer no Sistema Único de Saúde (SUS), a SBOC oferecerá um treinamento virtual sobre oncologia clínica direcionado para os agentes comunitários de saúde em parceria com o aplicativo Con.te, mantido pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e Grupo Laços.
No dia seguinte, 5 de fevereiro, é celebrado o Dia Mundial da Mamografia, ressaltando a importância da prevenção do câncer de mama, o subtipo mais comum entre as mulheres. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima cerca de 700 mil novos casos de câncer por ano no Brasil.
Uma pesquisa recente revelou que a conscientização sobre o câncer de mama ainda é baixa no país. Embora 49% das mulheres entrevistadas afirmem fazer mamografia regularmente, 42% nunca realizaram o exame, muitas alegando falta de pedido médico.
Diante desses dados, é fundamental promover um diálogo aberto e claro sobre a importância da detecção precoce da doença, oferecendo informações e suporte para que as mulheres possam cuidar da própria saúde e buscar os exames preventivos recomendados. A detecção precoce pode significar um prognóstico mais favorável e opções de tratamento mais eficazes, ressalta Flávia Andreghetto, diretora de oncologia do laboratório responsável pela pesquisa.