O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou o ano de 2023 com uma alta acumulada de 4,62%, dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). No mês de dezembro, a inflação foi de 0,56%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O grupo que mais contribuiu para o aumento dos índices em dezembro foi o de alimentação e bebidas, que registrou uma alta de 1,11%. Itens como batata-inglesa (19,09%), feijão-carioca (13,79%), arroz (5,81%) e frutas (3,37%) tiveram significativos aumentos de preço. Por outro lado, o leite longa vida apresentou queda pelo sétimo mês consecutivo (-1,26%).
A produção de alimentos foi influenciada pelas condições climáticas, com aumento de temperatura e maior volume de chuvas em diversas regiões do país. Essas variações climáticas afetaram principalmente alimentos in natura, como tubérculos, hortaliças e frutas.
No grupo dos transportes, as passagens aéreas (8,87%) continuaram a subir, representando o maior impacto individual sobre a inflação do país (0,08 ponto percentual). No entanto, todos os combustíveis pesquisados apresentaram deflação: óleo diesel (-1,96%), etanol (-1,24%), gasolina (-0,34%) e gás veicular (-0,21%).
O grupo de habitação apresentou alta de 0,34%, com destaque para energia elétrica residencial (0,54%), taxa de água e esgoto (0,85%) e gás encanado (1,25%).
Em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), houve uma alta de 0,55% em dezembro, acumulando um aumento de 3,71% no ano, abaixo do registrado no ano anterior (5,93%). O aumento no INPC ficou abaixo do IPCA principalmente devido ao maior peso do grupo alimentação e bebidas dentro da cesta de produtos.
Apesar dos desafios econômicos enfrentados, o governo busca manter a inflação dentro das metas estabelecidas, adotando medidas para estimular a economia e garantir o equilíbrio nos índices de preços.