A descoberta de uma égua e seu potro em condições degradantes em Chapecó suscitou indignação na comunidade e expôs falhas críticas no sistema de proteção animal local. Uma moradora, transitando pelo bairro Seminário, deparou-se com a cena desoladora em um terreno em frente ao Mercado Cristo Rei: uma égua extremamente debilitada, recém-parida, e seu potro em situação de vulnerabilidade.
A moradora, em suas férias, tomou para si a responsabilidade de buscar ajuda. “Eu nem moro no bairro Seminário, mas não podia ignorar aquela situação. Eu estava levando meu filho ao colégio quando os vi,” relatou.
Apesar de seus esforços, as respostas dos órgãos responsáveis foram desanimadoras. Contatou o Napa, a Polícia Ambiental, a CIDASC, a prefeitura, a vigilância sanitária, e até mesmo visitou locais públicos que ela acreditou serem responsáveis, mas enfrentou um ciclo interminável de redirecionamentos e desinteresse.
“A secretária da CIDASC foi particularmente desdenhosa. Disseram-me que já tinham sido alertados sobre a situação, mas alegaram impotência e desinformação,” desabafou a moradora, expressando sua frustração com o tratamento recebido.
Este caso revela uma lacuna significativa na rede de apoio a animais em Chapecó. A falta de coordenação e a aparente indiferença dos órgãos responsáveis não apenas colocam em risco a vida destes animais, mas também questionam a eficácia das políticas públicas voltadas para o bem-estar animal.
“Sempre falam sobre a importância da participação comunitária, mas quando tentamos ajudar, nos deparamos com um muro de inércia e burocracia,” lamentou a moradora. Sua experiência evidencia a necessidade urgente de revisão e melhoria nas estruturas de proteção e resgate animal em Chapecó.
Este caso toca em uma questão mais ampla sobre responsabilidade e empatia na sociedade. Enquanto a égua e seu potro lutam pela sobrevivência, a comunidade de Chapecó clama por ações concretas e eficazes por parte das autoridades, reforçando o chamado para um sistema de proteção animal mais responsivo e humano.
