O ministro da Educação, Camilo Santana, descartou na segunda-feira (6) a possibilidade de cancelar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023, após o vazamento de imagens da prova no domingo (5), durante o primeiro dia de aplicação das provas. Em entrevista à imprensa no Palácio do Planalto, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro enfatizou que o cancelamento não está em consideração.
Camilo informou que a Polícia Federal (PF) está investigando o vazamento. Imagens de uma prova de redação do Enem 2023 circularam pelas redes sociais e grupos de WhatsApp, causando preocupação entre os candidatos.
“Ontem, tivemos duas diligências da Polícia Federal em relação às imagens circuladas, uma em Pernambuco e outra aqui no Distrito Federal. Portanto, a Polícia Federal continua apurando e fazendo as investigações necessárias para identificar qualquer tipo de ilícito”, esclareceu o ministro.
Ele destacou que o balanço da primeira etapa das provas foi positivo, apesar das “ocorrências pontuais”. No primeiro dia do Enem 2023, 4.293 candidatos foram eliminados por violações às regras, como portar equipamentos eletrônicos, sair da sala antes do horário permitido (15h30), usar materiais impressos ou não seguir as orientações dos fiscais, todas condutas previstas no edital.
No primeiro dia de aplicação do Enem deste ano, os estudantes realizaram as provas de linguagens; códigos e suas tecnologias; e ciências humanas e suas tecnologias, além da redação. A segunda etapa das provas, abrangendo questões de ciências da natureza e matemática, está agendada para o próximo domingo (12).
O resultado do Enem é crucial para o ingresso em universidades públicas, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ou para a obtenção de bolsas em instituições privadas pelo Programa Universidade Para Todos (Prouni). Além disso, o exame é um requisito para o acesso ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), programa do Ministério da Educação (MEC) que financia mensalidades em instituições de ensino privadas.