A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc) viu uma discussão crucial na terça-feira (24) em relação à revisão da Tabela SUS e a crise financeira enfrentada pelo Hospital Regional do Oeste (HRO), localizado em Chapecó. O trânsito em julgado de uma ação movida pelo Hospital Beatriz Ramos, de Indaial, contra a União, pleiteando a revisão dos valores da Tabela SUS, trouxe à tona preocupações em relação ao financiamento dos serviços de saúde.
O deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB) destacou a vitória do Hospital Beatriz Ramos na ação contra a União. “Uma coisa que me surpreendeu, uma coisa inusitada, em 2021 o hospital venceu uma ação questionando os valores pagos da Tabela SUS, que paga um valor irrisório, e a Justiça foi até o final e agora estão na fase de execução de sentença, são R$ 20 mi, em créditos tributários para abater dívidas, um precedente que será aberto e muitas ações vão se seguir,” previu Caropreso.
Além disso, o deputado comemorou a conclusão das obras para a instalação de dez leitos de UTI no Hospital Beatriz Ramos. “Nós conseguimos uma quantia importante para a construção dos 10 leitos e a UTI está para ser inaugurada a qualquer momento com a ida do governador e da secretária de Saúde. É um grande avanço,” registrou.
No entanto, a situação do Hospital Regional Lenoir Vargas Ferreira, também conhecido como Hospital Regional do Oeste, em Chapecó, foi motivo de preocupação. Dr. Vicente Caropreso, representante de Jaraguá do Sul, expressou tristeza pela crise financeira enfrentada pelo HRO.
“O pessoal do Oeste, Marcos Vieira (PSDB) e tantos outros colegas que representam o Oeste: em relação ao HRO, o mais resolutivo do estado, que mais interna pessoas do SUS, com alta resolutividade, um orgulho para Santa Catarina. Era estadual e uma entidade da Maçonaria agora toca o hospital. Recebe do estado algo irrisório, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) já acertou uma conta do ano passado, mas é insuficiente, a gente faz um apelo muito grande,” discursou Caropreso, apelando por uma união de esforços para solucionar o déficit financeiro enfrentado pela instituição.
Essa discussão na Alesc ressalta a importância de uma revisão na Tabela SUS e a necessidade de apoio financeiro adequado para hospitais que desempenham um papel fundamental na oferta de cuidados de saúde de alta qualidade em Santa Catarina.