
O único mandado de prisão preventiva pendente da quarta fase da Operação Mensageiro foi cumprido na manhã da terça-feira (5), no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A ação coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Grupo Especial Anticorrupção (Geac) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), prendeu o prefeito de Guaramim, Luis Antonio Chiodini, que estava na Europa, em viagem familiar.
A investigação do MPSC começou há cerca de um ano e meio, após delações premiadas, rastreamento de celulares e apurações de documentos. Na 1ª fase, em 6 de dezembro de 2022, quatro prefeitos foram detidos.
Já na 2ª fase, em 2 de fevereiro de 2023, dois prefeitos foram presos. Na 3ª fase, o prefeito de Tubarão teve o mandado de prisão preventiva cumprido, junto com o vice. Na 4ª fase, na quinta, foram presos oito chefes do executivo municipal.
Prefeitos presos em todas as fases da Operação Mensageiro
Deyvison Souza (MDB) – Prefeito de Pescaria Brava;
Luiz Henrique Saliba (PP) – Prefeito de Papanduva;
Antônio Rodrigues (PP) – Prefeito de Balneário Barra do Sul.
* Antônio Ceron (PSD) – Prefeito de Lages, que agora está em prisão domiciliar;
Vicente Corrêa Costa (PL) – Prefeito de Capivari de Baixo;
Marlon Neuber (PL) – Prefeito de Itapoá;
Joares Ponticelli (PP) – Prefeito de Tubarão;
Luiz Carlos Tamanini (MDB) – Prefeito de Corupá;
Armindo Sesar Tassi (MDB) – Prefeito de Massaranduba;
Adriano Poffo (MDB) – Prefeito de Ibirama;
Adilson Lisczkovski (Patriota) – Prefeito de Major Vieira
Patrick Corrêa (Republicanos) – Prefeito de Imaruí.
Luiz Divonsir Shimoguiri (PSD) – Prefeito de Três Barras
Alfredo Cezar Dreher (Podemos) – Prefeito de Bela Vista do Toldo
Felipe Voigt (MDB) – Prefeito de Schroeder
Luis Antonio Chiodini (PP) – Prefeito de Guaramirim.
- O prefeito de Lages, Antônio Ceron, foi solto mediante ao uso de tornozeleira eletrônica devido a problemas de saúde. O restante dos políticos está preso, sendo cinco réus no processo.
Quarta fase da operação
Nesta quarta fase da operação, deflagrada na semana passada, foram cumpridos 18 mandados de prisões preventivas e 66 mandados de busca e apreensão. Os interrogatórios dos envolvidos nesta fase da operação começaram na terça-feira e seguem até a próxima semana.
Todos os envolvidos já passaram pela audiência de custódia e as prisões preventivas foram mantidas. A operação apura suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina. No total, até agora, já foram cumpridos 196 mandados de busca e apreensão e 40 mandados de prisão preventiva.
Esta 4ª fase da operação ainda corre em segredo de justiça, por determinação legal, mas, assim que houver a publicidade dos autos, novas informações poderão ser divulgadas.