Vamos seguir a série sobre a nossa inesquecível viagem a Patagônia chilena, hoje falando do lugar que, pra nós, foi o mais lindo de todo o Circuito!!!
Se você ainda não leu as colunas anteriores sobre TORRES DEL PAINE, vamos deixar os links para que possa acompanhar cada detalhe dessa viagem inesquecível:
TORRES DEL PAINE – PARTE 01 – Puerto Natales e Full Day
TORRES DEL PAINE – PARTE 02 – Hosteria Pehoe – ClicRDC
TORRES DEL PAINE – PARTE 03 – Circuito W – Dias 1 e 2
CONHECENDO O ESPETACULAR VALLE DEL FRANCES
Após fazermos nossa ceia de natal no acampamento Paine Grande, nos preparamos para tentar dormir pois no dia seguinte a caminhada seria exaustiva.
Embora nessa região o vento seja uma constante, nesse dia ventou pouco.
Seria perfeito para podermos descansar e acordar cedo para o longo dia de trilha.
Isso se os funcionários do refúgio não decidissem fazer uma festa de natal até as 3 h da manhã.
E quando falamos festa, não era pouco barulho. Gritos e música alta acabaram com a tentativa de se ter uma noite tranquila no acampamento.
Conseguimos pegar no sono as 3 h para acordar as 7 h da manhã.
Resultado: acordamos atrasados e o ânimo não era dos melhores para iniciar o dia.
Após o café da manhã, seguimos em direção ao Valle del Frances, com expectativa de chegar ao Mirador Britânico.
Mesmo com o início nada animador, o dia estava maravilhoso, com nenhuma nuvem no céu.
Coisa rara se tratando de Torres Del Paine. O que ajudou a motivar novamente.
A trilha nesse dia seria dividida em 2 partes: do Paine Grande até a Guarderia e Area de Acampar Italiano onde almoçaríamos e descansaríamos o tempo seria de 2,5 horas – cerca de 7,5 km – com vistas simplesmente inesquecíveis.
Do acampamento Italiano até o Mirador Francés mais 1,5 hora, sendo os primeiros 30 minutos tranquilo e a hora restante de MUITA subida. Esse trecho com aproximadamente 3 km.
Deixamos nossas coisas na barraca e partimos em direção ao Valle.
Após alguns minutos do Paine Grande chegamos a uma bifurcação: a direita um caminho de sentido único e a esquerda o caminho tradicional
Seguimos pelo caminho tradicional e não nos arrependemos.
A primeira hora tem MUITO vento mas após passarmos por essa região a vista que se tem do Lago Scöttsberg com os Cuernos de fundo é simplesmente MARAVILHOSA!!!
O reflexo das montanhas na água é de uma beleza difícil de explicar. E a paisagem muda completamente com e sem vento.
Na ida, sem nada de vento o reflexo na água tirou o fôlego.
Na volta, com vento, a cor do lago ganha destaque.
Durante o trajeto até a Guarderia e Area de Acampar Italiano passamos por várias paisagens de tirar o fôlego. Montanhas com neve, cachoeiras, ponte pênsil, rio com corredeira…
A trilha de 2,5 horas que, apesar de cansativa, é extremamente gratificante.
A vista minutos antes de chegar a Guarderia é fantástica!
Almoçamos, recarregamos nosso cantil com água e descansamos cerca de 30 minutos.
Saímos em direção ao Mirador Francés já imaginando que seria difícil chegar ao Mirador Britânico, pois devido ao atraso na saída o horário estava avançado e teríamos que fazer todo o percurso novamente no retorno ao Paine Grande.
A subida na última hora é realmente desafiadora.
Na reta final muito cansaço, um pouco de enjoo e as pernas já não respondiam muito bem.
O sol foi forte durante todo o dia e, como achamos que não precisava levar bonés na viagem – uma decisão pra lá de equivocada – a cabeça começou a doer também.
Mas conseguimos chegar no mirante e a vista não decepciona.
A melhor coisa desse trecho é ouvir, e observar com alguma sorte, avalanches no Glaciar Francês.
A vista do mirante é simplesmente fantástica!!! Ficamos mais de 1 hora assistindo as avalanches e fazendo vídeos e fotos.
Desse ponto são mais 3 km para chegar ao Mirador Britânco que, dizem, ser a vista mais bonita da região. Com tristeza chegamos a conclusão que – devido a hora avançada, o cansaço e ter que fazer todo o trajeto no retorno – não valia a pena o risco e decidimos não seguir até o mirante.
Por volta das 16h iniciamos a decida.
A descida é íngreme e, embora canse muito menos, exige bastante dos joelhos e requer muito cuidado para evitar lesões.
No retorno se vê ao longe o Lago Nordernskjöld com suas águas cor azul-turquesa.
Embora mais tranquilo, o retorno carrega o peso de horas de caminhada.
Chegamos por volta das 19h no Acampamento Paine Grande famintos e com os pés em frangalhos.
Aí vai novamente a dica: use botas confortáveis, impermeáveis e próprias para trekking.
Mesmo com a bota certa, nossos pés sofreram muito.
Se estivéssemos com um calçado qualquer, dificilmente conseguiríamos terminar a trilha.
Sem falar no risco de lesões.
Chegando no Paine Grande jantamos deliciosos – e grandes – sanduíches que são vendidos no mercadinho do Refúgio. Achamos a comida com o melhor custo/benefício de todo o Circuito.
– 3 mil pesos cada ou 2 por 5 mil – VALORES DE DEZEMBRO/2022
No próximo post vamos falar sobre os dois últimos dias do CIRCUITO W!
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Na próxima semana traremos mais dicas para você! Até lá…