Você aguarda com expectativa o ano de 2023? Faria alguma coisa diferente em 2022 se pudesse voltar no tempo? Geralmente neste período muitas pessoas fazem reflexões e avaliações, reorganizam a rota, traçam novos objetivos, reestabelecem as metas. É bastante clichê ler matérias com esse tipo de texto e encontrar pessoas com esse discurso.
Sabemos que de fato as verdadeiras mudanças no contexto dependem da mudança do nosso comportamento, das nossas atitudes e ações. Não adianta esperar algo bom se eu apenas aguardo por alguém que o faça e não me torno um agente ativo do processo de melhoria e transformação.
Precisamos encontrar o meio termo entre pegar leve demais e nos cobrarmos excessivamente. O fato de sempre pegar leve demais consigo pode te levar a um estágio onde tudo se tornará justificável para que você sinta-se conformado quando não atingir suas metas, tornando-se o seu próprio sabotador. E elevar o parâmetro ao ponto de ser extremista consigo pode te tornar obcecado, gerando sérias consequências emocionais, atrapalhando o processo de amadurecimento, crescimento e desenvolvimento.
Foco é diferente de obsessão, disciplina não é o mesmo que cobranças extremistas sobre si, e pegar leve demais é bem diferente de ser coerente e tolerante. Sejamos justos conosco e com os demais, isso basta. Por isso, encontrar o equilíbrio é importante.
Há quem viva à espera do poder público, o responsabilizando e querendo que governantes resolvam todos os problemas da população. Alguns chegam à idolatria a políticos. Eu sou cristão e a Palavra de Deus inclusive diz que haverá tempo em que as pessoas não suportarão mais o que é certo e reunirão mestres para si mesmos, de acordo com suas próprias vontades. E isso está acontecendo, pessoas estão perdendo o discernimento e agarrando-se à idolatria. O fato é que um governo pode sim dificultar ou facilitar a vida da população, mas governo não deve ser o único responsável por nosso sucesso ou nosso fracasso.
Governos devem proporcionar aos cidadãos um contexto onde as pessoas tenham as condições necessárias de garantir o seu sustento e a autonomia das famílias por meio de oportunidades. Sendo assim, a responsabilidade sobre nossas atitudes e nossas escolhas, é nossa. É importante lembrar que por meio do voto é a população que elege governantes, então um governo exitoso ou fracassado também é nossa responsabilidade como cidadãos e eleitores.
Que jamais um povo livre abra mão de sua liberdade, que os governos, independente de sigla partidária e ideologia, não atrapalhem o progresso de uma nação e o desenvolvimento de seu povo, e que todos nós tenhamos em mente que também somos responsáveis pelo país que queremos, por meio do trabalho diário, da responsabilidade com o voto, da fiscalização de atos e recursos públicos.
Um bom caminho para iniciarmos 2023 é começarmos cada um assumindo suas responsabilidades, parando de acreditar que tudo o que acontece é exclusivamente responsabilidade dos outros ou culpa de alguém que não sou eu, e que quando há alguma coisa de ruim acontecendo ou algo errado sendo feito, não podemos fazer nada a respeito, apenas observar e assumir postura omissa.
Foco para encontrar as melhores oportunidades, disciplina para explorar essas possibilidades, discernimento para cobrar quem estiver no governo para que não atrapalhe e não prejudique e sim contribua para o desenvolvimento dos municípios, estados e da nação, e sabedoria para ter em mente que a nossa parte deve ser feita, sem esperar que alguém assuma nossas responsabilidades e faça algo acontecer em nosso lugar.
Um abraço, te encontro em 2023, e no próximo ano teremos novidades aqui nesta coluna. Obrigado pela parceria em 2022.