quinta-feira, novembro 28, 2024
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Reajustes do diesel podem aumentar tarifa do transporte coletivo em até 15%

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Foto: Auto Viação Chapecó

Para compensar o aumento de 8,9% no preço do óleo diesel nas refinarias concedido pela Petrobras a partir desta terça-feira (10), as tarifas do transporte coletivo teriam que ser reajustadas de imediato em 2,9%, em média. Somados aos reajustes anteriores do combustível, o diesel já subiu 47% este ano, gerando um impacto acumulado nas tarifas de 15,4%. O cálculo é da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), com base nas médias tarifárias praticadas no país, e dizem respeito a um cenário nacional.

Considerando os valores dos últimos 12 meses (junho de 2021 até maio de 2022), o diesel já acumula uma alta de 80,9%, muito acima da inflação do período, o que representa um impacto na tarifa pública de 26,5% no último ano. O combustível é o segundo maior custo do setor de transporte coletivo, segundo a NTU, respondendo por 32,8% no custo total do setor, ficando atrás somente do custo de mão de obra, que é de 50% em média.

A entidade reitera o alerta sobre os riscos de faltar ônibus para circular fora dos horários de pico nos sistemas de todo o Brasil, caso os sucessivos aumentos de custos não sejam compensados de alguma forma: “Temos cidades que já fizeram seus reajustes tarifários anuais e outras que adotaram subsídios emergenciais ou permanentes, a situação varia. Mas a grande maioria dos operadores não têm fôlego financeiro para enfrentar mais esse reajuste e terão que suspender o serviço fora dos horários de pico”, afirma Francisco Christovam, presidente da NTU.

- Continua após o anúncio -

A maioria das empresas associadas à entidade, que congrega mais de 400 operadoras de ônibus em todo o país, está sem condições financeiras para fazer frente a mais um reajuste do diesel, segundo Christovam. A alternativa que resta às empresas é buscar socorro nas prefeituras, que são responsáveis pela gestão do serviço nas cidades brasileiras, ou nos governos estaduais, que respondem pelas regiões metropolitanas: “Nesse caso, os governos só têm duas opções para evitar a ruptura nos serviços de transporte: ou repassam os aumentos para as tarifas que remuneram os operadores, conforme os contratos vigentes em cada local, ou subsidiam esse reajuste”.

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