Dados publicados pela Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério da Cidadania no início de maio, mostram que a situação da extrema pobreza no Oeste Catarinense é a pior desde dezembro de 2014.
Os dados mais recentes são do mês de fevereiro de 2022, e consideram apenas as famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) que chegam ao cálculo de renda por pessoa que configura o estado de extrema pobreza, e que é atualizado anualmente. Desde novembro de 2021, uma família em que seus membros ganhem até R$ 100 cada por mês é considerada uma família nesta condição econômica.
Se encontram no Oeste de Santa Catarina um total de 23.260 famílias em extrema pobreza. Este é o maior número já registrado desde dezembro de 2014, quando houve um total de 27.326 grupos familiares nesta situação. A divisão da região é feita segundo as diretrizes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que não inclui como Oeste Catarinense as microrregiões de Caçador e Videira desde 2017.
A pandemia de Covid-19, e a crise econômica derivada da emergência sanitária, fez com que o número de famílias em extrema pobreza na região aumentasse 43% entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2022. Os dados também são detalhados pelo que o IBGE denomina de “regiões imediatas”, que no nosso caso são as microrregiões do Oeste Catarinense:
Região Imediata | População (2018) | Famílias em extrema pobreza |
Chapecó | 407.058 | 7.827 |
Concórdia | 139.374 | 1.735 |
Joaçaba | 179.006 | 2.666 |
Maravilha | 52.388 | 942 |
São Lourenço do Oeste | 42.426 | 1.562 |
São Miguel do Oeste | 165.042 | 2.850 |
Xanxerê | 130.737 | 5.678 |
Calculados os quocientes por região imediata, os resultados apontam que a maior proporção de extrema pobreza do Oeste está na microrregião de Xanxerê, enquanto que a região imediata de Concórdia é a que tem menor incidência por pessoa da condição econômica. Estes são dados muito importantes para a avaliação das propostas socioeconômicas dos candidatos nas eleições deste ano, já que o problema da extrema pobreza é urgente.