Quatro pessoas foram indiciadas no homicídio de um homem de 62 anos no município de Tigrinhos, no Oeste de Santa Catarina. O crime aconteceu em 4 de fevereiro de 2022 e o inquérito foi encerrado na tarde desta segunda-feira (04).
No dia do crime, a Polícia Civil prendeu em flagrante a vereadora e um homem que estavam fugindo na região de Romelândia. Na ocasião, foi apreendido um revólver calibre 357 Magnum, com capacidade para oito munições.
De acordo com informações divulgadas pela Polícia Civil, após a coleta de provas, foram identificados outros dois homens que participaram do crime. Dentre os cúmplices estava o primo do preso, com passagem por tráfico de drogas, que acompanhou o casal até o local do crime para auxiliá-los. O segundo, irmão do executor, foi o responsável por levar o grupo até às proximidades do local do crime e, ficar de prontidão para o ato de fuga e destruição de provas.
Relembre o caso
Uma vereadora do Oeste de Santa Catarina teve a prisão em flagrante convertida em preventiva depois de, supostamente, se envolver na morte de seu inquilino. O namorado dela também foi preso. Ele era suspeito de atirar contra o idoso de 63 anos. O imóvel, localizado no interior de Tigrinhos, pertence à mulher.
De acordo com relatório policial, inquilino e locatária discutiram por divergências relacionadas ao pagamento do aluguel do sítio onde a vítima morava com a esposa. Foi então que o companheiro da servidora pública disparou diversas vezes contra o idoso, para atingi-lo na perna, abdômen e cabeça.
Um dia antes da execução, compareceram na delegacia de polícia e registraram um falso boletim de ocorrência, afirmando que estavam recebendo ameaças de morte da vítima. A intenção era tentar justificar o ato, caso o crime fosse descoberto.
Após investigações, foi apurado que a vereadora, idealizadora e “mandante” do crime, aproveitando-se sua condição política na região, sondou integrantes das forças de segurança pública local horas antes do delito, com o objetivo de saber se haveria ou não policiamento próximo do local do crime naquele momento. A Polícia obteve imagens do casal na posse da arma de fogo usada no crime.
Como o crime aconteceu
No início da tarde de 4 de fevereiro de 2022, os responsáveis pelo crime chegaram na linha rural onde ficava a casa da vítima e três deles foram para a residência, permanecendo um na via asfaltada para providenciar a fuga do grupo. Já na residência do idoso, após discussões, o homem de 25 anos sacou o revólver e atirou contra o idoso “à queima roupa”, perseguindo-o na sequência pelos corredores da casa realizando novos disparos, que atingiram abdômen e pernas, pouco antes de alcançá-lo já bastante ferido. O último tiro atingiu a vítima no rosto, causando morte instantânea.
O Ministério Público já ofereceu a denúncia criminal contra os envolvidos, acrescentando, além do homicídio qualificado, ainda tentativa de denunciação caluniosa, por conta do falso boletim de ocorrência. Foram decretadas as prisões preventivas do casal e, em relação aos dois outros envolvidos, determinou o uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares, ao menos até o julgamento.