quinta-feira, agosto 21, 2025
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“É uma missão de solidariedade”, diz bombeiro do Oeste de SC que atua em Petrópolis

São duas equipes catarinenses que ajudam nas buscas pelos desaparecidos


Fotos: Corpo de Bombeiros

Os bombeiros militares de Santa Catarina atuam, desde o sábado (19), na tragédia provocada pelas chuvas em Petrópolis, na região serrana do Estado do Rio de Janeiro. No nono dia de buscas, houve a confirmação de 197 mortes. São duas equipes catarinenses que ajudam nas buscas pelos corpos. Elas são compostas por militares de Xanxerê, Blumenau, Curitibanos, Itajaí, Canoinhas e Lages. 

O capitão Alan Delei Cielusinsky é de Xanxerê, e comanda a operação dos bombeiros de Santa Catarina no Rio de Janeiro. Parte da equipe catarinense atua na área Alfa 01, no Morro da Oficina. Conforme os socorristas, esta é umas das áreas de mais difícil acesso, porque fica localizada na parte onde ocorreu um dos maiores deslizamentos.

“Nós chegamos aqui no sábado, nossa equipe veio em duas levas e já no domingo começamos a trabalhar no terreno. Desde então estamos atuando na área Alfa 1, onde prestamos apoio ao Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro. Essa é a primeira área de intervenção no pé do morro, então é um local bastante complicado, porque além das casas que existiam no local, há muita lama e entulho da região acima. A lava de detritos desceu e acabou assolando todas as casas e soterrando as casas abaixo. Tem uma previsão de inúmeras vítimas no local. Os nossos cães já fizeram cerca de dez apontamentos de locais onde pode ter possíveis vítimas”, salienta. 

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Já no domingo, os cães dos bombeiros catarinenses identificaram um local onde haviam corpos. 

“No domingo, a nossa equipe conseguiu apontar o local onde foram extraídos dois corpos e desde então seguem as buscas. O trabalho é muito difícil, muito desgastante, então precisamos de apoio de máquinas, desmonte hidráulico. Há muita lama e escombros, o que deixa o trabalho mais difícil e delicado, já que a lama ainda está mole/líquida”, conta Alan. 

Ficam na área Alfa 01 os binômios: sargento Romão e Bravo; cabo Canever e Léia; soldado Josclei e Iron, com suporte do capitão Alan. 

Já os binômos cabo Fumagalli e Hunter; soldado Amorim e Moana; soldado Galli  e Sasuke, com suporte dos soldados Giandro e De Souza seguem em outras áreas, em apoio a outras corporações.

“Por meio dos apontamentos dos cães catarinenses, duas vítimas foram retiradas, cinco em extração e também foram encontradas partes de tecidos humanos. Houveram mais apontamentos de possíveis locais pelos cães, mas há a necessidade de retirada dos escombros para que se verifique a real situação”, cita o capitão.

Fotos: Corpo de Bombeiros

Missão de solidariedade 

Para Alan, a missão tem sido de ajuda ao próximo e o principal objetivo é prestar o auxílio às famílias que viviam nas áreas atingidas. 

“Destacamos que esta operação é uma missão de solidariedade e estamos trabalhando para trazer alento aos familiares das vítimas. Muito mais do que números, nós estamos tratando de pessoas e de trazer conforto aos familiares e amigos atingidos. Os militares do estão embasando a busca e as estratégias a partir de informações de locais em que familiares apontam que eram as casas deles e que há a possibilidade de vítimas soterradas”, cita. 

Fotos: Corpo de Bombeiros

Situação atual

O número de mortes devido ao forte temporal que atingiu Petrópolis, na região serrana fluminense, chegou a 197, segundo o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. A chuva mais forte foi no dia 15 de fevereiro e provocou enxurradas e deslizamentos de terra em vários pontos do município. Desde então, a cidade tem sofrido com o mau tempo.

A previsão para hoje (23), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, é de novas pancadas de chuvas na região. Os bombeiros seguem, dia e noite, com trabalhos de busca e resgate, desde o dia 15, de acordo com informações da corporação. Vinte e quatro pessoas foram resgatadas com vida nas primeiras horas do desastre.

Polícia Civil e Ministério Público Estadual também continuam os trabalhos de identificação e liberação de corpos, além das buscas por desaparecidos. Conforme a Agência Brasil, até ontem (22), mais de 800 pessoas estavam abrigadas em escolas de Petrópolis.

Fotos: Corpo de Bombeiros
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