A novela da CPI da Covid-19 teve mais um capítulo na sessão desta quinta-feira(23). O desentendimento ocorreu quando o Senador Renan Calheiros afirmou a existência de corrupção na gestão do Presidente Jair Bolsonaro com relação a compra de vacinas e o contrato com empresas investigadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito.
“Foi empresa dessa gente escolhida pelo presidente para comprar vacina. Ele preferiu esse tipo de negociação. É por isso que tem aumentado a cada dia a percepção de que o governo é um governo corrupto”, rechaçou Renan.
Nesse momento, o catarinense Jorginho Mello interferiu e tratou de defender Bolsonaro.
“Não foi governo que escolheu as empresas. Foram os picaretas que tentaram vender”, afirmou.
Em tom mais alto, Calheiros que há anos já é investigado e inclusive já tendo sido indiciado por cobranças indevidas de pagamentos como em 2012 reclamou por ter sido “interrompido” dizendo que Mello poderia defender Bolsonaro quando quisesse, menos quando ele [Renan], estiver falando.
Após mais algumas farpas, Jorginho rebateu Renan:
“Vá para os quintos!”
E o relator retrucou:
“Vá vossa excelência, com o seu presidente e o Luciano Hang.
Após o senador de Santa Catarina, aliado de Bolsonaro mandar Renan lavar a boca antes de falar do Presidente e do empresário dono da Havan, foi chamado de vagabundo.
“Vá lavar a tua, vagabundo”, atacou Renan.
Os animos ficaram ainda mais exaltados e ambos chegaram a se levantar, quase indo para o confronto físico, até serem contidos pelos demais senadores.
Assista o vídeo:
Nas redes sociais, diversos apoiadores de Jorginho Mello e do Presidente da República elogiaram a atitude do catarinense em dizer “o que muitos brasileiros tem vontade“.
Por meio da conta no Instagram, o Deputado Estadual Keneddy Nunes chegou a fazer duas postagens elogiando Mello:
O também parlamentar Eduardo Bolsonaro, filho do Presidente e a deputada catarinense Caroline de Toni também usar as redes sociais para elogiar Jorginho Mello.