A partir da sexta-feira (19), a secretaria de Saúde do Governo de Santa Catarina passou a divulgar que a taxa de ocupação nos leitos de UTI do Grande Oeste estaria abaixo dos 90%. Entretanto, a informação foi contestada por profissionais de saúde que atuam na região. Eles relatam falta de leitos, pacientes na fila para a internação e situação caótica nos leitos de UTI.
Um enfermeiro que atua no Pronto-Socorro do Hospital Regional do Oeste (HRO) relatou ao ClicRDC que há pacientes intubados no espaço, no aguardo de leitos para internação. Segundo ele, a situação é registrada tanto para a Covid-19 quanto outras doenças.
Ele também conta sobre o desgaste físico e psicológico dos profissionais da saúde que atuam no espaço. A mesma situação é relatada por médicos e enfermeiros que trabalham no Hospital.
Segundo a fonte do ClicRDC, neste sábado (20), houve o registro de 14 pacientes entubados no Pronto Socorro. O ClicRDC entrou em contato com a Assessoria de Imprensa do HRO para obter mais detalhes sobre a situação, que confirmou a situação, por volta das 22h40. A assessoria destacou que há pacientes internados no PS.
Transferências
Outra fonte, que é responsável pelas transferências de pacientes com a Covid-19 para outras regiões de Santa Catarina, relatou ao ClicRDC que pacientes são transferidos todos os dias. Ele não soube detalhar qual foi o número de pacientes transferidos, mas confirmou que os pacientes são encaminhados para Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de outras regiões do Estado.
Sobre as taxas de ocupação hospitalar do Grande Oeste de Santa Catarina, o ClicRDC entrou em contato com a Secretaria da Saúde do Governo de Santa Catarina para confirmar as atualizações – entretanto, ainda não obteve resultado. Conforme o boletim divulgado neste sábado, o Grande Oeste registra uma taxa de ocupação de 89,7%, com 16 leitos livres (12 adultos, dois pediátricos e um neonatal). O Governo não detalha, entretanto, quais hospitais registram leitos vagos.
Sobre a situação, a assessoria informou que o “Hospital Regional encaminha diariamente à Vigilância Epidemiológica do Município de Chapecó relatório circunstanciado com nome, idade, leito ocupado (UTI, Enfermaria, UTI Neo, etc), toda a movimentação interna, inclusive transferências. Não é uma deliberação do HRO, é uma rotina que atende normas e notas técnicas”.
A instituição também recomenda que a “fonte oficial seja Vigilância Epidemiológica do município para evitar vícios de interpretação de dados que eventualmente possam levar a informação incorreta, inconsistente ou distorcida”.
