Por: Fernando Mattos
Uma trajetória de superação. Assim podemos definir os últimos anos na vida de Alan Ruschel. A ele coube a responsabilidade de conduzir a braçadeira de Capitão ao longo de um ano de reestruturação, retomada e por que não, de reconstrução do Clube. Alan como muitos funcionários sofreram com o atraso de salários, o que ocasiona incerteza na vida de qualquer pessoa. Até mesmo daqueles que inspiram tantas histórias: jogadores de futebol.
Mas a caminhada de Alan Ruschel não começa apenas neste período crítico, ele já viveu na pele enormes dificuldades. Ser sobrevivente de um acidente aéreo é algo muito incomum, mas transpor este episódio com perspectiva de não poder mais andar, não conseguir mais exercer a sua profissão e olhar pra trás e ver que a vida de muitos amigos foram precocemente interrompidas, é um trauma que fica não apenas no campo físico, mas na alma.
Um líder
Alan assumiu o papel de líder neste ano que até agora acumula um título, um acesso para a Série A e com a possibilidade real do primeiro título nacional da nossa Chape. A liderança maior do Capitão foi, conviver com atrasos do direito de imagem e segurar um vestiário que conviveu com esta rotina desagradável durante a maior parte da temporada. Porém um sentimento de confiança nasceu entre dirigentes, Comissão Técnica e elenco no intuito de focar no objetivo da retomada. E que retomada em grande estilo. Um pacto nasceu para ver o Verdão forte novamente e voltando à elite do futebol nacional. E neste papel Alan mostrou o verdadeiro significado de vestir braçadeira da liderança.
Outro desafio no ano foi ter que conviver com uma cobrança exagerada, melindrosa e injusta. Podemos citar o episódio que potencializou uma falsa notícia sobre a sua saída para o conturbado Cruzeiro. O mundo do futebol impõe circunstâncias como essa e nesta hora o líder não pode deixar se abater. E assim Alan fez e por isso merece o reconhecimento como uma peça fundamental na engrenagem Verde e Branca.
