A menina que foi picada, supostamente por uma agulha, em um mercado de Chapecó recebe medicação para evitar uma possível contaminação. A informação foi repassada pelo delegado, José Airton Stang da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso, que abriu um inquérito policial para investigar o caso. O delegado explicou que a investigação procura identificar o homem que aparece no vídeo – que foi amplamente divulgado na última semana – e toca o braço da criança. Stang ainda reforçou que outra mulher que aparece nas imagens não tem nenhuma relação com o fato, ela já foi identificada e ouvida.
A mãe buscou atendimento médico para a filha. De acordo com o apurado na investigação, a criança não chegou a passar mal, conforme havia relatos nas redes sociais. O delegado disse que ela foi encaminhada para avaliação médica, como medida preventiva, para evitar possível contaminação.
“A mãe procurou o sistema de saúde, levou a menina, porque havia risco, sim. Uma picada pode provocar o contágio de uma moléstia grave, contagiosa”, disse. Stang destacou que a criança foi submetida a medicamentos que visam inibir ou reduzir ao máximo a possibilidade de contágio de alguma bactéria, vírus. Ela está em acompanhamento médico e o tratamento deve durar alguns dias ainda. Somente após esse procedimento para saber se houve alguma infecção. O delegado destacou que as únicas manifestações na saúde da menina foram decorrentes dos efeitos colaterais causados pela medicação.
Stang explicou que a criança realizou exame de Corpo de delito no Instituto Geral de Perícias (IGP), onde ficou constatado a perfuração causada pela picada. A investigação ainda não apurou que objeto foi usado para atingir a menina.
Caso
O caso aconteceu no dia 31 de dezembro, em um mercado no bairro Efapi. Segundo a investigação, a criança entrou no estabelecimento sozinha. A mãe, que estava com outras duas crianças, aguardou no veículo o retorno da menina – que tem 10 anos.
Um vídeo de monitoramento mostra o momento que os fatos acontecem. Nas imagens aparecem três pessoas em um caixa – uma mulher que é atendida no balcão, um homem que está posicionado atrás dela e uma criança que aguarda ser atendida. A menina está posicionada ao lado da mulher. O homem toca no braço da menina, que se afasta dele.
Suspeito
O homem que aparece nas imagens ainda não foi identificado. Conforme o delegado, as imagens de monitoramento – que os investigadores tiveram acesso – mostra o suspeito cumprimentando um conhecido em frente ao mercado. Ele então entra no estabelecimento e segue direto ao caixa, onde em seguida aconteceu o fato.
Stang destacou que o homem comprou uma carteira de cigarro e deixou o local antes da criança. “Não houve a ação de um casal, o que houve foi um ato isolado, de um indivíduo, na faixa de uns 20 a 30 anos, que picou a menina e é investigado”, reforçou o delegado.
O delegado espera localizar o homem, para entender a motivação e o objetivo da atitude dele.
Mulher que aparece nas imagens não tem envolvimento
O delegado destaca que a mulher que aparece nas imagens não tem envolvimento. Ela foi identificada e ouvida, nesta quarta-feira (20).
“ Nós já ouvimos a caixa do supermercado, que é aquela moça que está no atendimento e aparece nas imagens. Ouvimos também o gerente do estabelecimento. Eles já descartaram a participação daquela mulher que aparece nas imagens. Ela é uma cliente do supermercado há anos, é uma pessoa de bem, mãe de família e não tem envolvimento”, destacou.