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Paulo Magro: “Não temos dinheiro sobrando na Chapecoense”

Foto: Mateus Montemezzo

O Departamento Financeiro esclareceu a atual situação financeira da Chapecoense, nesta segunda-feira (6), na Sede Administrativa do clube, em Chapecó. Segundo Paulo Magro, vice-presidente administrativo e financeiro do Verdão, a dívida de R$ 42,6 milhões divulgada na sexta-feira (3), pela empresa Sportsvalue, não considerou o valor de provisões para acertos e acordos trabalhistas. Conforme Magro, se descontado esses valores, o valor diminui para R$ 18 milhões.

Leia Mais: Segundo estudo, dívida da Chape é a que mais aumentou em 2018

Segundo informações obtidas pela equipe do ClicRDC, atualmente a Chapecoense tem uma folha salarial de R$ 4 milhões. O Verdão gastou R$ 9 milhões com as demissões de Gilson Kleina, de Guto Ferreira e com as contratações em 2019.

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A Chape registra 43 ações pelo acidente aéreo de 2016. Destas, 31 são trabalhistas e 12 cíveis. 20 delas foram encerradas e estão sendo pagas mensalmente. Com estas ações, o Verdão gastará R$ 14,3 milhões.

No ano de 2019, a Chapecoense espera arrecadar R$ 92 milhões. O clube ainda aguarda pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que negocia o direito de transmissão internacional do Campeonato Brasileiro, o que pode render R$ 10 milhões para cada clube da Série A. Para conseguir fechar as contas em 2019, além da negociação da CBF, o Verdão espera arrecadar de 7 a 8 milhões de reais com a venda de um jogador do elenco.

Confira a entrevista do vice-presidente administrativo e financeiro da Chapecoense, Paulo Magro, sobre a situação financeira do Verdão:


Vice-presidente administrativo e financeiro Paulo Magro
Foto: Mateus Montemezzo

O que a Chapecoense pensa sobre o estudo que mostrou uma divida de R$ 42,6 milhões do clube?

Da forma que foi interpretado o balanço, não foi levado em consideração o valor de provisões para os acertos e acordos trabalhistas. Descontado esses valores, o valor diminui para 18 milhões.

Esses R$ 18 milhões são dívidas ou déficit?

Quando você fala em provisões contabilmente, você precisa contabiliza-las no ano em que ocorreu o fechamento do balanço. Mas são valores que você vai pagar ao longo do tempo, isso se confirmado depois, nos acordos trabalhistas. Então, déficit e dívida, nós tratamos um pouco diferente.

Como as ações do acidente aéreo de 2016 impactam nas financias do clube?

O maior impacto no nosso balanço está relacionado ao acidente aéreo de 2016.

O planejamento para o final do ano?

Nos trabalhamos com o equilíbrio entre receitas e despesas e a nossa batalha no dia-a-dia, com os demais vice-presidentes e o marketing é conseguir garantir que a gente chegue no final de 2019, com as receitas que nós nos propusemos lá no inicio do ano. Nós vamos sempre tentar buscar o equilíbrio com o gasto.

Quais são as ações para aumentar a receita?

Tem várias ações no marketing. Ai eu peço, aproveitando os veículos de comunicação de Chapecó, que nós precisamos aumentar os números de torcedores e nós precisamos faturar mais. Tem ações que o nosso presidente está tratando junto a CBF, que é a venda dos direitos [de transmissão] internacionais, que serão muito importantes. Internamente tem várias ações que ao longo do tempo vocês ficarão sabendo para aumentar a receita. Não tem valores astronômicos, mas um pouco de cada lado que fará a nossa receita subir. E ter um controle rigoroso nos custos, porque tem duas formas de você entender o orçamento: não gastar mais que orçou e arrecadar aquilo que você previu.

De que forma a renda da televisão influencia ou impacta nos orçamentos dos clubes?

Anteriormente, ele vinha uniforme, dividido em 12 meses do ano e agora foi dividido em três vezes. R$ 22 milhões a partir de janeiro, R$ 11 milhões em maio e junho e depois os últimos R$ 11 milhões depende da classificação do campeonato desse ano [Campeonato Brasileiro Série A]. Então isso desequilibrou o fluxo de caixa, mas se tudo der certo e nos continuarmos na Série A, no final do ano, esses R$ 11 milhões serão mais, porque nós computamos esse valor contando com o 16º lugar, mas nosso presidente tem sido enfático e taxativo que nós vamos ficar na primeira página da tabela.

Como fica a situação com o Sicoob?

Isso se chama antecipação de recebíveis. Onde o clube faz uma antecipação desse valor, junto ao banco para conseguir operar no mesmo modo, que vinha operando nos anos anteriores e esse valor, fica com o Sicoob, que é um dos nossos patrocinadores. Então, ele antecipa e no momento que a televisão passa para a Chapecoense esse valor já é descontado no banco. Isso chama-se antecipação de recebíveis é uma operação legal que existe.

Como está a situação financeira da Chape?

A Chapecoense não tem dinheiro sobrando. Nós temos muitas dificuldades para honrar nossos compromissos, mas nós estamos conseguindo nesse equilíbrio, receita com a antecipação de recebíveis, isso tudo faz com que temos um gerenciamento no dia-a-dia. A Chapecoense está muito longe de estar quebrada, isso não procede.

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