Neste sábado (16), ás 9h, na Praça Coronel Bertaso, em Chapecó ocorre o movimento “Eu Empurro Essa Causa”. A ação acontece em 100 cidades brasileiras e tem o objetivo de recolher dois milhões de assinaturas para entrar com um Projeto de Iniciativa Popular, para revisar a Lei Loas.
Segundo Vilker Germano, organizador do evento em Chapecó, o movimento trabalha com a revisão de três pontos principais na Lei Loas.
O primeiro é aumentar o limite de corte ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). Hoje, a ajuda paga um salário mínimo a pessoas com deficiências e idosos com mais de 65 anos, desde que consigam provar que os integrantes da família não recebam mais de R$ 238, cada um. A intenção do movimento é aumentar o limite de renda para três salários mínimos, o que abrangeria um número maior de famílias atendidas.
Segundo ponto falado por Vilker é incluir no beneficio, famílias que tenham mais de um integrante com deficiência. Hoje, grupos familiares com mais pessoas com deficiência, só recebem um beneficio. A proposta é alterar a lei e conseguir que cada pessoa receba a sua ajuda, mesmo sendo da mesma família.
O terceiro item é para casos graves e especiais de doenças e síndromes raras, onde se comprovem gastos excessivos, o atual beneficio de um salário mínimo, seria complementado por uma verba adicional.
A população de pessoas com deficiências no Brasil é de 6,7%, cerca de 12 milhões de cidadãos. Segundo Vilker, muitas famílias são humildes e não conseguem dar apoio aos portadores de deficiência. Para Vilker Germano revisar essa lei é melhorar, dar mais dignidade, mais respeito e inclusão a uma grande parcela da população brasileira.
Conforme Vilker Germano eles estarão na praça central, com tendas e caixas de sons, para recolher assinaturas. Ainda no sábado, eles farão um ato na Avenida Getúlio Vargas, com familiares, cadeirantes e pessoas que apoiam o movimento.
O Movimento iniciou com Dayane Cruz em Timóteo, Ceará e se espalhou pelas redes sociais para o Brasil todo. Os organizadores em Chapecó são Vilker Germano Martins, Luciane Barzotti e Regina Grando. Junto com outras famílias, o movimento vai criar uma Associação em prol de crianças e jovens com paralisia cerebral e síndromes raras, com objetivos de lutar por inclusão social destas pessoas.