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Há oito anos, chapecoense trabalha no desenvolvimento humanitário na Angola

Em entrevista ao ClicRDC, Ubiratan Izael Lemes contou sobre a realidade do país africano e como os missionário auxiliam a população local; veja como fazer doações ao trabalho humanitário

Foto: Ubiratan Izael Lemes/ClicRDC

Há oito anos, o chapecoense Ubiratan Izael Lemes trabalha no desenvolvimento humanitário no município de Chicala-Choloanga, na província do Huambo, região central da Angola. Em entrevista ao ClicRDC, Ubiratan contou que o trabalho é feito dentro das aldeias da maior tribo angolana, os Ovimbundos. Conforme Lemes, além do desenvolvimento humanitário, os missionários buscam passar a palavra de Deus e Jesus Cristo através do evangelho. Além de Ubiratan, a esposa Suely Pedro Lemes, que também é missionária e os dois filhos do casal estão em Angola para o trabalho humanitário.  

Além de transmitir a palavra do evangelho, os missionários em Angola trabalham para criar ambulatórios, centro de acolhimento de órfãos, viúvas, amputados de guerra e toda uma gama de projetos. Ubiratan conta que os voluntários buscam a autossuficiência das aldeias, com projetos de plantio e criação de animais.

“Temos o projeto de captação de recursos para adquirir duas máquinas de perfuração de poços, onde vamos perfurar os poços de água potável nas aldeias, para que eles possam fazer a agricultura autossustentável, através do milho e feijão hibrido, com sistema de gotejamento, onde você recalca a água do poço semi-artesiano para uma cisterna no meio da fazenda. Essa cisterna abastece toda a roça com o sistema de gotejamento por gravidade, onde você consegue um melhor aproveitamento. Com isso você traz prosperidade para o mundo angolano e para a igreja angolana. Isso é a igreja integral, você, junto com a sociedade onde está, trazer o desenvolvimento humanitário para a região” falou Ubiratan sobre os projetos de autossuficiência das aldeias.

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Conforme Ubiratan, a paixão pela ajuda humanitária começou em 2006, quando ele fazia parte da Escola de Treinamento e Discipulado (ETeD), da agência missionária Jovens Com Uma Missão (Jocum). Ele conta que em 2008 foi a primeira vez que foi para Angola. Em 2013, ele voltou para o país africano e desde então só volta para o Brasil para prestar contas a quem ajuda no projeto.


“Então foi assim que surgiu esse desejo, através da ETeD da Jocum, que é a porta de entrada para o missionário. Ele vai a um país para agregar valores, para levar o evangelho integral, que é viver no meio da comunidade, ensinar eles a plantar da melhor forma possível, sem queimada, sem agrotóxico e a criar os animais. Então é isso que estamos plantando a médio prazo, mas isso é apenas o início. Em seis anos, só deu para começar o sonho. Tenho certeza que daqui há 20 anos iremos estar na metade do nosso sonho, então é algo a longo e médio prazo”, contou Lemes.

Natal Solidário

Em 2020, os missionários na Angola realizaram o “Natal Solidário” nas 27 igrejas já construídas nas aldeias, no município de Chicala-Choloanga. Conforme Lemes, o grupo pretende alcançar 6.980 crianças angolanas.

“Essa festa do ‘Natal Solidário’ consiste em um presente, composto por uma sandália, que já é uma estratégia de evitar doenças nas crianças, porque muitas delas nunca colocaram um calçado no pé. Nós também servimos um lanche, com um doce, refrigerante. Quando fizemos isso, vemos a alegria e felicidade dessas crianças e temos certeza que com fé, vamos conseguir até o dia 25 alcançar essas 27 igrejas”, disse Ubiratan.


Realidade em Angola

Ubiratan fala que a realidade nas aldeias da Angola é difícil. Muitos vivem abaixo da linha da pobreza e não possuem saneamento básico. Os aldeões possuem poucos cuidados básicos com a saúde e a mortalidade, principalmente de crianças é alta, devido às aldeias ficaram distantes dos grandes centros do país.

Os missionários fazem mutirões para construir casas, ambulatórios e escolas. Conforme Ubiratan, as construções são feitas de ‘tijolo adobe’, uma mistura de barro e palha, que é seco no sol. Se for possível repocar e fazer o estrutural da construção, ela pode durar uma média de até 10 anos, conta Ubiratan.

Devido a todas as dificuldades encontradas nas aldeias angolanas, os missionários buscam a autossuficiência para que os aldeões consigam plantar, colher e ter o próprio alimento.



“Nós vimos vemos a necessidade de instalar uma cooperativa na área de agricultura e criação de animais, para criar uma auto sustentabilidade dentro das aldeias. Essa é a nossa preocupação. Mas aqui, as crianças precisam de tudo. Eles vivem abaixo da linha da pobreza. Muitos nas aldeias faleciam por conta da Malária, porque não tinham dinheiro ou transporte para ir até os hospitais”,  falou Ubiratan.

Como fazer doações

Segundo Ubiratan, para receber doações, eles criaram uma conta no Bradesco, onde transformam o Real, para a Kwanza, moeda da Angola. Conforme Lemes, com o dinheiro os missionários compram o necessário para os projetos. Eles também prestam contas aos benfeitores e informam onde e em que eles investem a verba doada.

A conta para doações é:

Banco Bradesco

Agência : 0392-1

Conta poupança: 1002150-2

CPF:162168188-21.

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